Investing.com — O Produto Interno Bruto PIB do primeiro trimestre de 2023 dos Estados Unidos apresentou alta de 1,1% considerando a taxa anual ajustada, de acordo com a primeira prévia preliminar divulgada pelo Bureau of Economic Analysis nesta quinta-feira, 27. A projeção era de alta de 2% e o resultado do trimestre anterior foi de 2,6%.
Celso Pereira, diretor de investimentos da Nomad, avalia que a desaceleração econômica pode ser atribuída, em parte, às nove elevações consecutivas de juros, visando o controle inflacionário. “A probabilidade de recessão para os próximos 12 meses no país está hoje em 65%, de acordo com pesquisas com economistas. Apesar dessa situação ser preocupante, o mercado de trabalho ainda apresenta níveis historicamente baixos de desemprego, em torno de 3,5%, o que contribui para a expectativa de pelo menos mais uma elevação de juros nos EUA a ser anunciada na primeira semana de maio”, destaca.
CONFIRA: Monitor da taxa de juros do Fed
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, acredita que o crescimento da economia americana deve ficar abaixo do potencial em 2023, mas não deve haver recessão. “Na nossa visão, o mercado de trabalho seguirá aquecido nos próximos meses, pressionando a inflação e obrigando o Fed a seguir com mais um aumento de 25 pontos-base na próxima reunião de maio”, aponta. “Reconhecemos, no entanto, que o início do corte de juros pelo Fed pode ser antecipado caso haja um aperto de crédito decorrente do colapso de alguns bancos regionais nos EUA”, completa.
Bateria de dados econômicos
Também foi divulgada nesta manhã a inflação nos Estados Unidos, medida pelo núcleo de preços PCE, que apresentou alta de 4,90% no primeiro trimestre, acima da projeção de 4,70%.
O PCE é um dos principais indicadores que o Federal Reserve leva em consideração em suas decisões sobre as taxas de juros.
O índice cheio ficou em 4,2%.
Por fim, completando a bateria de dados, os pedidos iniciais por seguro-desemprego da semana passada nos EUA vieram abaixo da previsão de 248 mil benefícios dos economistas do mercado e do número revisado da semana anterior, de 246 mil, segundo dados do Departamento de Trabalho. Foram 230 mil benefícios solicitados.
Já o número de solicitações contínuas também ficou abaixo da previsão de 1,878 milhão. O resultado de 1,858 milhão é superior ao número revisado da semana passada de 1,861 milhão.
Às 10h50 (de Brasília), os futuros da Nasdaq 100 subiam 1,22%, enquanto os da S&P 500 tinham alta de 0,72% e da Dow Jones de 0,51%.
No Brasil, o Ibovespa Futuros recuava 0,36% e o dólar apresentava queda de 0,42%, a R$ 5,0217.