Investing.com – O risco fiscal no Brasil segue elevado, mesmo com arrecadação forte, avaliou o Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta segunda-feira, 30, após apresentação de dados das contas públicas domésticas pelo Banco Central.
Os riscos levam em consideração “o crescimento de gastos obrigatórios acima do limite definido no arcabouço fiscal e a dificuldade em obter uma trajetória de convergência de resultados primários”, segundo o economista Thales Guimarães.
Na avaliação o Itaú, o governo teria demonstrado baixo compromisso com o ajuste fiscal após a diminuição da previsão de contenção de gastos anunciada no último relatório bimestral de receitas e despesas.
As contas públicas apresentam um déficit total maior, incluindo gastos extra fora das regras do arcabouço fiscal, e dependem de mais receitas para poder cumprir as regras, o que é considerado como incerto pelo banco.
Para que seja possível chegar ao patamar inferior da meta de resultado primário deste ano, o banco considera necessário um novo bloqueio de despesas em novembro, “além de medidas estruturais que garantam a credibilidade do arcabouço fiscal”.
A dívida bruta do governo como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 78,4% em julho para 78,5% em agosto, de acordo com os dados do Banco Central apresentados hoje.