A turbulência política em Bangladesh, que levou à renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina na segunda-feira e sua subsequente saída do país, está prestes a perturbar a indústria de vestuário do país. Isso pode ter repercussões significativas para os varejistas internacionais de roupas à medida que se aproximam da temporada crítica de férias.
O setor de vestuário de Bangladesh, que representa 83% das receitas totais de exportação do país, viu suas fábricas fechadas sem nenhuma indicação clara de quando poderão reabrir. O país é o terceiro maior exportador de roupas do mundo, atrás apenas da China e da União Europeia. Em 2023, Bangladesh exportou roupas no valor de US$ 38,4 bilhões, de acordo com a Organização Mundial do Comércio.
Os países da União Europeia receberam a maior parcela dessas exportações, no valor de US$ 21,65 bilhões ou 49,4% do total, seguidos pelos Estados Unidos com US$ 7,45 bilhões (17%), Reino Unido com US$ 5,16 bilhões (11,8%), Canadá com US$ 1,387 bilhão (3,16%) e Japão com US$ 1,48 bilhão (3,3%).
Vários varejistas líderes estão entre aqueles com laços significativos de fornecimento com Bangladesh. A gigante sueca da moda H&M, que utiliza cerca de 1.000 fábricas no país, expressou preocupação com os desenvolvimentos em andamento. A controladora da Zara, a Inditex (BME:ITX), com 12 clusters de manufatura, incluindo Bangladesh, não comentou o impacto da situação em suas operações.
Outras empresas com conexões substanciais com fornecedores de Bangladesh incluem a Fast Retailing, proprietária da marca Uniqlo, que se abastece de aproximadamente 29 fábricas, e a Canadian Tire, que tem cerca de 50 fornecedores lá. A multinacional francesa Carrefour opera com 59 fábricas têxteis no país.
Os fabricantes de vestuário americanos também estão entrelaçados com o setor de vestuário de Bangladesh. A VF Corp (NYSE:VFC) possui 49 instalações, a Levi Strauss (NYSE:LEVI) tem 33 e a Target obtém aproximadamente 80 fábricas em Bangladesh. Além disso, a Fruit of the Loom da Berkshire Hathaway trabalha com sete fornecedores, e a Tapestry, empresa controladora da Kate Spade, tem dois fornecedores de nível 1 no país.
O fechamento dessas fábricas pode influenciar as cadeias de suprimentos e os níveis de estoque desses varejistas globais, embora a extensão total do impacto ainda não tenha sido vista à medida que a situação em Bangladesh evolui.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.