Canadenses vão às urnas em eleição dominada por preocupações com Trump

Publicado 28.04.2025, 10:40
Atualizado 28.04.2025, 10:46
© Reuters. Líder conservador, Pierre Poilievre, e primeiro-ministro canadense, Mark Carney, durante debate, em Montrealn17/04/2025nChristopher Katsarov/Pool via REUTERS

Por Promit Mukherjee e Rod Nickel

OTTAWA (Reuters) - Os eleitores canadenses estão indo às urnas nesta segunda-feira, depois de uma campanha eleitoral em que as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas falas sobre a anexação do Canadá se tornaram a questão central.

As ameaças de Trump provocaram uma onda de patriotismo que aumentou o apoio ao primeiro-ministro, Mark Carney, um recém-chegado à política que já dirigiu dois bancos centrais do G7.

A campanha terminou com um tom sombrio no domingo, depois que um homem dirigiu uma SUV contra uma multidão em um festival da comunidade filipina em Vancouver, matando pelo menos 11 pessoas e ferindo dezenas.

Carney fez uma breve pausa em sua campanha, e tanto ele quanto o líder conservador, Pierre Poilievre, mencionaram a tragédia em seus últimos eventos de campanha.

Não está claro se o evento terá algum impacto sobre a eleição.

O Partido Liberal, de Carney, manteve uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre o Partido Conservador, de Poilievre, em pesquisas separadas da Ipsos e da Angus Reid, sugerindo pouca movimentação nos últimos dias. No domingo, a Ipsos estimou os liberais com 42% de apoio e os conservadores com 38%.

A pesquisa de sábado da Angus Reid colocou os liberais com 44% de apoio, contra 40% dos conservadores.

Esses resultados provavelmente produziriam um quarto mandato liberal consecutivo, mas Carney poderia ganhar apenas uma minoria de assentos na Câmara dos Comuns de 343 lugares, deixando-o dependente de partidos menores para governar.

Trump ressurgiu como um fator de campanha na semana passada, declarando que poderia aumentar a tarifa de 25% sobre os carros fabricados no Canadá porque os EUA não os querem. Ele disse anteriormente que poderia usar a "força econômica" para tornar o Canadá o 51º Estado dos EUA.

Carney tem enfatizado que sua experiência em lidar com questões econômicas o torna o melhor líder para lidar com Trump, enquanto Poilievre tem abordado as preocupações com o custo de vida, a criminalidade e a crise imobiliária.

"Provavelmente vou optar por Carney, porque neste momento sinto que precisamos de estabilidade", disse Andy Hill, de 37 anos, corretor de hipotecas de Vancouver. "Por ter pertencido ao sistema bancário inglês e ao sistema bancário canadense, ele realmente entende a economia."

Bob Lowe, um pecuarista de 66 anos que mora ao sul de Calgary, disse que já votou nos conservadores. Ele disse que sua principal preocupação é o fraco crescimento econômico do Canadá.

A economia estava em uma recuperação incipiente até que os EUA impuseram tarifas.

Carney tem procurado se distanciar do ex-premiê liberal Justin Trudeau, que era profundamente impopular quando disse em janeiro que renunciaria após quase uma década no poder. Naquela época, os conservadores lideravam as pesquisas por cerca de 20 pontos.

Um partido precisa ganhar 172 assentos para formar um governo majoritário que não dependa do apoio de partidos menores para se manter no poder.

Os resultados serão divulgados a partir das províncias do leste, após o fechamento das urnas em horários alternados na noite de segunda-feira. As cédulas são contadas à mão.

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