Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 23 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Atas do Fed em foco
O Federal Reserve irá divulgar as atas de sua mais recente reunião de política monetária às 15h00 desta quarta-feira, o que pode fornecer mais informações sobre as conversas dos decisores antes da decisão de manter as taxas de juros inalteradas tomada em 2 de maio.
As atas serão monitoradas atentamente na busca das perspectivas do Fed sobre a inflação e como isso pode afetar a atual trajetória das taxas de juros.
Os investidores já precificaram totalmente o aumento dos juros na próxima reunião de política monetária do Fed, em 12 e 13 de junho. No entanto, Wall Street está dividida a respeito de quantas vezes mais o banco central aumentará as taxas de juros depois disso.
O banco central norte-americano atualmente prevê mais dois aumentos de taxa em 2018, embora as expectativas de mercado de um terceiro movimento, antes do final do ano, ganharam força nas últimas semanas em meio ao fortalecimento das perspectivas de inflação.
Em outros dados econômicos marcados para esta quarta-feira, investidores também estarão de olho na leitura preliminar de Markit sobre atividade empresarial em maio às 10h45 e na leitura de abril sobre vendas de imóveis novos 15 minutos depois.
2. Bolsas globais abaladas por incerteza geopolítica
Bolsas globais continuavam sob pressão nesta quarta-feira uma vez que a incerteza geopolítica voltou a surgir.
Wall Street encerrou a terça-feira em baixa depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse estar insatisfeito com recentes negociações comerciais entre EUA e China ocorridas na semana passada, diminuindo os ânimos positivos vistos desde que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciou no fim de semana que a guerra comercial estava "suspensa".
Trump também levantou dúvidas se a reunião entre EUA e Coréia do Norte acontecerá como planejado em 12 de junho devido a preocupações de que o líder norte-coreano Kim Jong Un seria resistente a desistir de suas armas nucleares.
Informações de que o presidente tentaria reduzir 10% das exportações europeias de aço para os Estados Unidos também aumentavam os temores em meio a expectativas de que uma guerra comercial entre a União Europeia e os EUA seria de amplo alcance em várias indústrias.
A operação de vendas vista um dia antes em Wall Street se espalhou para bolsas asiáticas nesta quarta-feira, o que fez o Nikkei do Japão e o Shanghai Composite da China caírem 1,2% e 1,4%, respectivamente.
Bolsas europeias compartilhavam do nervosismo do mercado nesta quarta-feira, caindo mais de 1%, com uma série de dados econômicos negativos aumentando a operação de vendas na metade do dia.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa, já que as preocupações comerciais continuavam a pesar e os mercados aguardavam as atas do Fed e os resultados do varejista de descontos Target (NYSE:TGT). Às 06h52, o blue chip futuros do Dow caía 188 pontos, ou 0,76%, os futuros do S&P 500 recuavam 18 pontos, ou 0,67%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 69 pontos ou 1,00%.
3. Dados de inflação do Reino Unido enviam libra à mínima de 2018
A libra esterlina atingiu nova mínima de cinco meses frente ao dólar norte-americano nesta quarta-feira, com uma leitura da inflação anual apresentando desaceleração inesperada para 2,4%, seu nível mais baixo desde março de 2017.
O baixo nível de inflação pode aliviar a pressão sobre o Banco da Inglaterra para avançar com o aperto da política monetária.
Embora Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra, tenha realizado depoimento no Comitê de Avaliação do Tesouro do Reino Unido na terça-feira e tenha dito que o banco central espera que as taxas de juros subam em um ritmo limitado e gradual, investidores continuam divididos se haverá um aumento dos juros em agosto.
Às 06h53, o par GBP/USD recuava 0,59% para 1,3355.
4. Euro atinge mínima de 5 meses frente ao dólar devido ao fraco crescimento do setor privado
O euro estava próximo à mínima de cinco meses depois que o crescimento do setor privado na zona do euro ficou em seu ritmo mais lento em 18 meses em maio.
O índice composto de produtividade da zona do euro, que mede a produção combinada dos setores de manufatura e de serviços, registrou uma leitura de 54,1 em maio, o que se compara a expectativas de leitura de 55,0.
O relatório fraco provavelmente irá reduzir as expectativas de que o Banco Central Europeu irá avançar com a remoção da política monetária acomodatícia.
O par EUR/USD recuava 0,44% para 1,1727 às 06h55, próximo a seu menor nível desde dezembro.
5. Petróleo cai em meio a informações de que a Opep considera aumento de produção
A cotação do petróleo caía nesta quarta-feira, já que relatos de que a Opep poderia aumentar a produção em junho pesavam sobre os ânimos enquanto investidores aguardavam os dados semanais dos estoques dos EUA.
Preocupações com a oferta do Irã e da Venezuela, juntamente com o fato de que Washington levantou preocupações de que o rali do petróleo estaria indo longe demais, podem levar a um acordo para aumentar a produção, segundo fontes da indústria petrolífera e da Opep citadas pela Reuters.
Enquanto isso, participantes do mercado aguardam a divulgação do relatório semanal oficial dos estoques às 11h30 em meio a previsões de uma redução de 1,5 milhão de barris.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram redução de 1,3 milhão de barris na semana passada.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA recuavam 0,58%, para US$ 71,78 às 06h56, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,83%, com o barril negociado a US$ 78,91.