Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 6 de fevereiro, sobre os mercados financeiros:
1. Mercado assimila o discurso de Estado da União de Trump
Em seu discurso anual sobre o Estado da União, perante uma sessão conjunta do Congresso nesta terça-feira, o presidente dos EUA Donald Trump, disse que a imigração ilegal era uma crise nacional urgente e reiterou sua promessa de construir um muro fronteiriço, levantando a perspectiva de outra paralisação do governo.
Construir um muro ao longo da fronteira com o México para impedir que os migrantes entrem ilegalmente no país, foi uma plataforma central da campanha presidencial de Trump, mas os democratas se opõem veementemente e rejeitaram seu pedido de financiamento de US$ 5,7 bilhões.
Trump também pediu ao Congresso que promulgue uma legislação para aumentar a infraestrutura do país, sem fornecer detalhes sobre como pagar por isso ou quanto custaria.
Comentando sobre o atual conflito comercial EUA-China, Trump disse que qualquer acordo com Pequim "deve incluir mudanças estruturais reais para acabar com práticas comerciais desleais, reduzindo nosso déficit comercial crônico e proteger os empregos americanos".
As autoridades chinesas e americanas estão prontas para iniciar uma nova rodada de negociações comerciais em Pequim na semana que vem para pressionar por um acordo sobre a propriedade intelectual americana e evitar um aumento das tarifas sobre produtos chineses, prometida para iniciar em 2 de março nos EUA. Informaram duas pessoas familiarizadas com os planos.
2. Mercado futuro dos EUA aponta para abertura em baixa
O mercado de futuros de ações dos EUA apontavam para uma abertura ligeiramente em baixa, com os investidores assimilando o discurso do Presidente Donald Trump sobre o Estado da União, no qual ele forneceu aos investidores pequenas surpresas.
Às 08h35, o índice blue chip futuros do Dow caía 35 pontos, ou cerca de 0,15%, os futuros do S&P 500 recuavam 3 pontos, ou quase 0,15%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava queda de 6 pontos ou cerca de 0,1%.
A movimentação antes do pregão, aconteciam após Wall Street ter encerrado a sessão de terça-feira com uma nota forte, com o Dow ganhando mais de 150 pontos.
Do outro lado do Atlântico, as ações europeias estavam em desvantagem, com a maioria das principais bolsas da região em território negativo, com os bancos e montadoras de veículos liderando as perdas.
Mais cedo, as ações da Ásia fechavam em alta mesmo com o movimento abaixo do normal, já que vários mercados da região permaneceram fechados devido ao feriado do Ano Novo Lunar.
3. GM em destaque num outro dia cheio de resultados
Quanto a lucros, a maior parte do foco recairá sobre a General Motors (NYSE:GM), que reporta antes da abertura. Segundo analistas consultados pela Investing.com, a montadora com sede em Detroit deverá anunciar lucro por ação de US $ 1,24 sobre receita de US $ 36,0 bilhões.
A GM aumentou sua orientação de lucro para 2018 no mês passado e disse que seu lucro em 2019 aumentaria graças à resiliência em dois de seus maiores mercados, os EUA e a China.
Os investidores estarão acompanhando de perto os resultados para ver se seus esforços contínuos para reformular-se estão começando a valer a pena. A montadora anunciou um amplo plano de reestruturação que incluiu demissões, fechamento de fábricas e modernização de sua linha de veículos em novembro.
Outros nomes de alto perfil que divulgam os resultados trimestrais incluem: Eli Lilly (NYSE:LLY), Spotify (NYSE:SPOT), Take-Two Interactive (NASDAQ:TTWO , Regeneron (NASDAQ:REGN), Humana (NYSE:HUM), Boston Scientific (NYSE:BSX), Cummins (NYSE:CMI) e Trivago (NASDAQ:TRVG), que deverão fazer a divulgação antes do início do pregão.
Chipotle Mexican Grill (NYSE:CMG), GoPro (NASDAQ:GPRO), iRobot (NASDAQ:IRBT), Match Group (NASDAQ:MTCH), Zynga (NASDAQ:ZNGA), FireEye (NASDAQ:FEYE) e Fortinet (NASDAQ:FTNT) estão entre as principais para relatar os resultados após o fechamento do pregão de quarta-feira.
4. Autoridades do Fed em pauta
Duas autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deverão fazer declarações públicas hoje, enquanto os investidores buscam mais pistas sobre as perspectivas para a política monetária nos próximos meses.
O dirigente do Fed, Randal Quarles, discursará sobre testes de estresse em bancos no Council for Economic Education, em Nova York, às 21h05 (horário de Brasília).
Porém a maior parte do foco recairá sobre o presidente do Fed, Jerome Powell, que discursará em uma reunião da prefeitura para professores, em Washington DC, às 22h00 horas (horário de Brasília).
O Fed, na semana passada, sinalizou que o seu esforço de três anos para ajustar a política monetária está próximo do fim devido ao aumento dos ventos contrários para a economia.
O anúncio do Fed deixou as expectativas de mercado para um aumento da taxa de juros neste ano, e aumentou as chances de corte em 2020, de acordo com a Fed monitorando de taxas do Investing.com.
Em relação a dados, quarta-feira teremos o números do déficit comercial, dados de produtividade e custos unitários do trabalho às 11h30.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, com alta de 0,1%, para 95,92.
No mercado de títulos, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA estavam mais altos, o que faz com que os rendimentos caíam; o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos caíam para 2,68%.
5. Relatório semanal de estoques de petróleo da EIA
Nos mercados de commodities, a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de suprimentos de petróleo para a semana encerrada em 1º de fevereiro às 13h30.
Analistas esperam que os estoques de petróleo bruto registrem um aumento em torno de 2,1 milhões de barris de petróleo bruto. Se for confirmado, essa seria a terceira escalada semanal consecutiva no mercado doméstico.
O American Petroleum Institute (API) informou nesta terça-feira que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 2,5 milhões de barris na semana passada.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate recuavam US$ 0,61, ou cerca de 1,1%, com o barril negociado a US$ 53,05.
Os contratos futuros de petróleo Brent estavam cotados a US$ 61,34 o barril, queda de US$ 0,64, ou cerca de 1%.
- Com Reuters.