Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 10 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Ata do Fed e dados da inflação americana
Os investidores vão se concentrar na divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que devem ser divulgadas às 15h00, para uma visão mais aprofundada das perspectivas para a política monetária nos próximos meses.
O banco central norte-americano praticamente desistiu de elevar as taxas de juros novamente este ano na conclusão de sua reunião de política monetária em 20 de março e indicou que pretende encerrar a redução de seu enorme balanço de US$ 4,2 trilhões até setembro.
Além do Fed, o Departamento de Comércio publicará os números da inflação de março às 9h30 da manhã.
Os preços ao consumidor devem ter subido 0,3% no mês passado, segundo estimativas. Em uma base anual, o IPC é projetado para ter aumentado 1,8%.
Excluindo o custo de alimentos e combustíveis, o núcleo da inflação deve ter tido um aumento de 0,2% no mês passado e 2,1% em relação ao ano anterior.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou um pouco acima de 96,54 por volta das 6h45, não muito longe da baixa de duas semanas de 96,46 na terça-feira.
No mercado de títulos, os preços dos papéis do Tesouro dos EUA estavam pouco alterados, com rendimento do título com vencimento em 10 anos, caindo para 2,49%.
2. Reunião do BCE
É praticamente certo que o Banco Central Europeu manterá sua política suspensa na conclusão da reunião de hoje, que foi antecipada em um dia para permitir que os formuladores de políticas cheguem a Washington DC a tempo para a reunião da primavera do Fundo Monetário Internacional.
A decisão do BCE deve ser tomada às 8h45, enquanto a coletiva de imprensa do presidente Mario Draghi, está marcada para 9h30.
Os investidores do mercado estarão ansiosos para ouvir mais detalhes sobre a possibilidade de uma taxa de depósito escalonada, um passo que permitiria ao BCE reduzir suas taxas de juros oficiais novamente sem prejudicar a já fraca rentabilidade dos bancos da zona do euro.
Eles também querem saber mais sobre os novos empréstimos de longo prazo que devem começar em setembro.
O euro manteve-se firme em US$ 1,1275, estendendo sua recuperação lenta de uma baixa de quatro semanas de US$ 1,1183, alcançada em 2 de abril.
3. Reunião de Emergência do Brexit
Os líderes europeus decidirão se vão conceder ao Reino Unido mais um adiamento da sua saída da União Europeia em uma cúpula de emergência em Bruxelas.
O encontro começa às 13h00.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, apresentará formalmente seu caso para solicitar um pequeno atraso ao Brexit até 30 de junho.
No entanto, é amplamente esperado que o Reino Unido receba um adiamento mais longo e flexível com condições.
Uma extensão até o final do ano, ou até março de 2020, é o que parece ser mais provável, disseram diplomatas da UE. Tal opção permitiria que a Grã-Bretanha saísse mais cedo se o parlamento concordar com alguma alternativa ao Acordo de Retirada negociado pelo governo de May e pela UE.
A libra esterlina estava levemente em alta, cotada a US$ 1,3073.
3. Relatório de estoques de petróleo da EIA
Em relação à commodities, a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 5 de abril, às 11h30, horário de Brasília.
Analistas esperam que o EIA relate um ganho de cerca de 2,2 milhões de barris em estoques de petróleo. O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) disse na noite terça que os estoques de petróleo cru nos EUA subiram 4,1 milhão de barris na última semana.
Os números do API e da EIA geralmente divergem.
Os contratos futuros de petróleo bruto West Texas Intermediate subiram 52 centavos, ou cerca de 0,8%, a US$ 64,50 por barril, depois de chegar a US$ 64,79 na sessão anterior, a maior desde 1º de novembro. 1.
Os contratos futuros de petróleo Brent estavam cotados a US$ 71,06 por barril, um aumento de 45 centavos, ou cerca de 0,7%, à vista do pico de cinco meses de terça-feira, de US$ 71,34.
Os preços permaneceram em alta em meio a preocupações geopolíticas na Líbia. Qualquer interrupção nas exportações de petróleo da Líbia vai pressionar ainda mais o mercado global de petróleo bruto que já está lutando para se adaptar às sanções americanas contra o Irã e a Venezuela.
4. Mercado futuro dos EUA aponta para uma abertura em leve alta
Em Wall Street, o mercado de futuros apontava para uma abertura em alta, já que investidores aguardavam os dados da inflação e as atas da mais recente reunião do Federal Reserve.
O índice blue chip futuros do Dow subia 40 pontos, ou cerca de 0,2%, os futuros do S&P 500 somava 5 pontos, ou cerca de 0,2%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha um ganho de 11 pontos, ou aproximadamente 0,2%.
As bolsas perderam terreno na terça-feira, enquanto o FMI reduzia suas perspectivas de crescimento global e o presidente Donald Trump ameaçava impor tarifas sobre 11 bilhões de dólares em produtos europeus.
Na Europa, as bolsas estavam em alta nas negociações durante a metade da manhã, lideradas pelos avanços em Madri e Frankfurt.
Anteriormente, os mercados da Ásia fecharam sem direção, em meio a novas preocupações em relação às perspectivas para a economia global.
- Reuters contribuiu com esta reportagem