Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 17 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Draghi inicia semana agitada para os bancos centrais
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, fará observações preliminares na reunião anual de três dias da autoridade monetária da zona do euro em Sintra, dando início a uma semana agitada que incluirá decisões políticas do Federal Reserve, do Banco Japão e do Banco da Inglaterra.
Antes da reunião, Benoit Coeure, um dos possíveis candidatos a suceder Draghi, deu uma entrevista sombria ao Financial Times, alertando que os indicadores de expectativas de inflação baseados no mercado estão sinalizando uma perspectiva muito mais desoladora para a economia do que os dados atuais. Isso está mantendo o euro perto de uma baixa de duas semanas em relação ao dólar.
Embora nenhuma mudança nas taxas de juros seja esperada para a semana pelo Fed, o BoJ ou o BoE, o presidente do Fed, Jerome Powell, será o centro das atenções enquanto os investidores esperam uma pista mais clara sobre o que o Fed consideraria um gatilho real para reduzir as taxas de juros.
2. Huawei faz alerta de redução de lucros enquanto as tensões comerciais se arrastam
O presidente-executivo da Huawei Technologies, Ren Zhengfei, disse na segunda-feira que espera que as vendas da empresa caiam para cerca de US$ 100 bilhões este ano, e logo após os EUA ter proibido empresas americanas de fazer negócios com a empresa chinesa.
Embora o banimento da Huawei foi feita por razões de "segurança nacional", o presidente Donald Trump sugeriu em entrevista à CNBC na semana passada que algo poderia ser feito com a empresa como parte das negociações comerciais com a China.
O secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, minimizou a importância de Trump e seu colega chinês, Xi Jinping, na reunião do G20 em 28 e 29 de junho, enquanto reiterava que o presidente americano estava "perfeitamente feliz" em continuar com sua estratégia tarifária.
A evolução do comércio continuará em foco enquanto as audiências do Congresso sobre as tarifas comerciais começarem na segunda-feira.
3. Bolsas globais avançam em leve alta antes das decisões de política monetária
As ações globais registraram ligeiros ganhos no início do pregão de segunda-feira, com os investidores de olho nas decisões de política monetária dos três principais bancos centrais.
As ações americanas pareciam mudar o sentimento ao abrir após o fechamento negativo de sexta-feira. Os futuros do Dow avançava 22,5 pontos, ou 0,09% às 8h34, os futuros do S&P 500 subiam 2,87 pontos, ou 0,11%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 16,13 pontos, ou 0,22%.
O setor bancário europeu apoiou as ações dos bancos regionais enquanto o Deutsche Bank da Alemanha (DE:DBKGn) reportou um mais radical plano de corte de custos.
Ações asiáticas tiveram uma recuperação tímida perto de baixas de uma semana, com os comerciantes aguardando a sequência de decisões sobre as taxas de juros globais. O Hang Seng de Hong Kong teve um dos pregões mais fortes, subindo cerca de 0,4% depois que a líder do território, Carrie Lam, recuou em um projeto de lei que permitia a extradição para a China.
4. Testes do 737 MAX começam enquanto Boeing procura restaurar a confiança
A Administração Federal de Aviação pode iniciar testes de voo com o reforço de segurança da Boeing esta semana, de acordo com fontes citadas pelo The Wall Street Journal, mesmo quando o diretor executivo da empresa, Dennis Muilenburg, admitiu que erros foram cometidos com respeito a luzes de advertência no modelo.
No Paris Air Show no domingo, Muilenburg prometeu que a prioridade da Boeing era reconstruir a confiança.
Com o MAX 737 ainda em terra até que os vôos de segurança recebam aprovação, a Airbus (PA:AIR) fará o lançamento de seu avião A321XLR no Paris Air Show com mais de 200 pedidos.
À medida que os comerciantes observam os desdobramentos com o 737 MAX de volta ao ar, o setor estava em foco quando a companhia aérea alemã Deutsche Lufthansa (DE:LHAG) lançou um aviso de lucro devido a competição de baixo custo.
5. Irã planeja quebrar limite de urânio em 10 dias
O Irã anunciou na segunda-feira que vai quebrar o limite internacionalmente acordado sobre os níveis de urânio em 10 dias, a menos que a Europa tome medidas para ajudar o país a neutralizar o efeito incapacitante das sanções econômicas americanas.
Teerã ameaçou anteriormente renegar o acordo nuclear depois que o governo Trump se retirou do pacto no ano passado e impôs sanções econômicas.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse no domingo antes do anúncio do Irã de que os EUA está “considerando uma gama completa de opções” em resposta a crescentes tensões.
Pompeo disse que uma resposta militar estava entre essas opções, embora tenha enfatizado que Trump "não quer ir para a guerra".
- Reuters contribuiu com esta reportagem