Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 13 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Trump se volta ao comércio
Donald Trump, presidente norte-americano, parece ter transferido sua atenção a políticas comerciais uma vez que ele disse aos seus principais assessores econômicos para que estudassem a possibilidade de entrar novamente em um grande acordo comercial do Pacífico, sugerindo uma reviravolta em relação à sua posição prévia de confronto.
O presidente dos EUA disse a Larry Kudlow, seu principal assessor econômico, e Robert Lighthizer, representante de comércio dos EUA, para examinarem um retorno à Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) que Trump abandonou em 2017, de acordo com um porta-voz da Casa Branca.
Entretanto, Trump enfatizou na quinta-feira que o retorno à TPP seria apenas uma opção se os EUA recebessem termos "substancialmente melhores" do que o do acordo anterior.
Bolsas asiáticas comemoraram o aparente recuo com o Nikkei do Japão encerrando a sessão com ganhos de 0,6%. O Shanghai Composite da China foi uma notável exceção, fechando em queda de cerca de 0,7% devido a uma leitura fraca das exportações.
Bolsas asiáticas também negociavam majoritariamente nesta sexta-feira, embora alguns resultados fracos limitassem os ganhos.
O mercado futuro dos EUA aponta para abertura desigual nesta quinta-feira após os fortes ganhos da sessão anterior, os investidores aguardam resultados do setor bancário e dados econômicos. Às 06h35, o índice blue chip futuros do Dow ganhava 28 pontos, ou 0,11%, os futuros do S&P 500 subiam 2 pontos, ou 0,08%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 perdia 9 pontos, ou 0,13%.
2. Bancos dão início à temporada de resultados
Os bancos darão início extraoficial da temporada de resultados do primeiro trimestre nesta sexta-feira uma vez que importantes instituições financeiras se preparam para apresentar o efeito dos cortes de impostos e maiores taxas de juros em seu resultado final.
De forma geral, as expectativas são de que lucros em empresas constituintes do S&P 500 tenham crescimento de 18,4% no que seriam os maiores lucros trimestrais em sete anos.
JP Morgan (NYSE:JPM), a primeira empresa constituinte do Dow Jones a divulgar resultados nesta temporada, deverá apresentar seu balanço por volta das 08h00, seguida por Citigroup (NYSE:C) e Wells Fargo (NYSE:WFC) aproximadamente uma hora depois.
Analistas projetam ganhos por ação de US$ 2,28, US$ 1,61 e US$ 1,06, respectivamente.
3. Petróleo no caminho de 9% de ganhos na semana
A cotação do petróleo estava em alta nesta sexta-feira, já que outro relatório mensal apontava para o reequilíbrio dos mercados.
A Opep e seus aliados pareciam ter cumprido sua missão de levar os estoques globais de petróleo aos níveis desejados, afirmou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) em seu relatório mensal divulgado na sexta-feira, prevendo que estoques deveriam cair à média de cinco anos, métrica utilizada pela Opep para mensurar o êxito dos cortes na produção, já em maio.
"Não cabe a nós declarar em nome dos países do acordo de Viena que 'a missão está cumprida', mas se nossa perspectiva for precisa, certamente parece muito provável", afirmou a IEA em seu relatório mensal.
Contratos futuros de petróleo dos EUA avançavam 0,64% para US$ 67,50 às 06h36, enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,64%, com o barril negociado a US$ 72,48.
Com impulso de tensões geopolíticas envolvendo a Síria no início da semana, a referência norte-americana estava no caminho de ganhos na semana e 8,8%, ao passo que o Brent tinha alta em torno de 8%. Isso seria a maior alta vista em uma semana desde julho.
Ainda nesta sexta-feira, participantes do mercado estarão atentos à produção de shale oil dos EUA quando a Baker Hughes divulgar seus dados semanais sobre a contagem de sondas.
4. Confiança do consumidor em foco
No calendário econômico desta sexta-feira, investidores irão se concentrar na leitura preliminar da percepção do consumidor em abril, que será divulgada pela Universidade de Michigan às 11h00.
O índice tem expectativas de queda para 100,6 a partir de 101,4, valor registrado em março que foi o nível mais alto desde 2004.
Também em pauta, o Departamento de Trabalho dos EUA irá divulgar seu Estudo sobre Ofertas de Empregos e Rotatividade no Trabalho (JOLTs, na sigla em inglês) no mesmo horário.
Além disso, participantes do mercado estarão atentos a aparições públicas de integrantes do Federal Reserve - Eric Rosengren às 09h00, James Bullard às 10h00 e Robert Kaplan às 14h00 -, já que estão atentos a indicações se os decisores permanecerão ou não otimistas em relação à inflação e ao crescimento econômico.
Antes da divulgação dos dados, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,09% para 89,41 às 06h36.
5. China registra primeiro déficit comercial em um ano
Dados comerciais divulgados nesta sexta-feira mostraram que as exportações da China inesperadamente caíram em março, levando a segunda maior economia do mundo a registrar seu primeiro déficit comercial em termos expressos em dólar desde fevereiro de 2017.
Especificamente, o déficit comercial da China atingiu US$ 4,98 bilhões em março, o que se compara ao superávit do mês anterior de US$ 33,75 bilhões. Isso ocorreu com suas exportações inesperadamente caindo 2,7% no ano, o que se compara a projeções de ganhos de 10,0%. As importações tiveram alta de 14,4%, superando expectativas de alta de 10,0%.
Apesar do déficit mensal, o superávit comercial da China com os EUA subiu quase 20% no primeiro trimestre, com analistas indicando que exportadores aceleraram as remessas nos primeiros três meses do ano para se adiantarem a quaisquer ameaças de tarifas.