Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 8 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Mercados se preparam para a decisão de Trump sobre o Irã
Os investidores esperaram o anúncio do presidente Donald Trump sobre a permanência ou não dos Estados Unidos no acordo nuclear internacional de 2015 e se as sanções contra o Irã serão restabelecidas.
Trump irá anunciar sua decisão da Casa Branca às 15h00, quatro dias antes do prazo final de 12 de maio.
Uma alta autoridade dos EUA disse que não está claro se os esforços de aliados europeus para tratar das preocupações de Trump seriam suficientes para salvar o pacto, mas diplomatas europeus disseram esperar que Trump se retire efetivamente do acordo.
Caso Trump retire os EUA do acordo, as exportações de petróleo iraniano podem ser abaladas, o que reduziria os estoques no mercado de petróleo.
O Irã, que é um grande produtor de petróleo do Oriente Médio e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), retomou seu papel como um grande exportador de petróleo em janeiro de 2016, quando as sanções internacionais contra Teerã foram removidas em troca de restrições ao programa nuclear iraniano.
2. Cotação do petróleo perde força
Após a cotação do petróleo ter atingido nova máxima de três anos e meio na segunda-feira, o mercado de energia reduzia seus ganhos antes da decisão de Trump sobre o futuro do acordo nuclear com o Irã.
Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova York, recuavam US$ 0,92, ou cerca de 1,3%, para US$ 69,81 o barril, afastando-se do pico de segunda-feira de US$ 70,84, nível não visto desde novembro de 2014.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, tinham queda de US$ 0,80, ou 1,1%, e eram negociados a US$ 75,38 o barril após terem atingido, ainda durante a sessão, US$ 76,34, valor mais alto desde novembro de 2014.
Analistas de mercado disseram que a queda nos preços é semelhante ao comportamento "compre o boato, venda o fato" adotado pelos mercados, que inicialmente esperava uma declaração de Trump apenas no final da semana.
Investidores também se concentrarão em novos dados dos estoques comerciais norte-americanos de petróleo bruto para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 17h30 desta terça-feira em meio a expectativas de redução de 1,1 milhão de barris nos estoques.
3. Dólar atinge nova máxima de 2018... Novamente
O dólar estava em alta frente a uma cesta de moedas, atingindo um novo pico em 2018 em meio a indicações de que a economia dos EUA permanece no caminho certo, deixando o Federal Reserve na direção de elevar mais as taxas de juros neste ano.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava cerca de 0,2% para 92,82, não muito distante de 92,90, máxima da sessão que foi seu nível mais forte desde o final de dezembro.
A demanda pelo dólar tem se sustentado recentemente devido a apostas de que o Federal Reserve continuará elevando as taxas, enquanto outros bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra, agirão mais lentamente, já que dados econômicos recentes sugerem um momento de esfriamento.
O euro permanecia na defensiva frente ao dólar um dia após cair abaixo do nível 1,19 pela primeira vez este ano. A moeda era negociada a 1,1885, nível mais fraco em quatro meses.
Enquanto isso, a libra esterlina britânica era negociada em 1,3510, perto de 1,3487, mínima de quatro meses atingida na semana passada.
Jerome Powell, presidente do Fed, disse nesta terça-feira em um evento na Suíça que os mercados financeiros receberam a mensagem sobre o plano de aumento gradual da taxa de juros do banco central norte-americano e "não deveriam se surpreender" com suas ações.
O Fed atualmente prevê mais dois aumentos de taxa em 2018, embora as expectativas de mercado de um terceiro movimento, antes do final do ano, ganharam força nas últimas semanas em meio ao fortalecimento das perspectivas de inflação.
4. Mercado futuro dos EUA indica abertura em baixa
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa, com os mercados aparentemente prontos para estender uma operação de vendas de última hora vista na segunda-feira.
O índice blue chip futuros do Dow caía 60 pontos, ou cerca de 0,3%, os futuros do S&P 500 recuavam 8 pontos, ou quase 0,3%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 18 pontos ou cerca de 0,3%.
Os índices de referência das bolsas dos EUA fecharam em alta na segunda-feira, mas bem distantes do pico do dia após o presidente Donald Trump ter tuitado que ele irá anunciar sua decisão sobre o acordo com o Irã nesta terça-feira.
Do outro lado do Atlântico, na Europa, as principais bolsas do continente estavam majoritariamente em baixa, com uma enxurrada de relatórios corporativos do primeiro trimestre e acordos de fusões e aquisições levando a movimentos bruscos em preços individuais.
Mais cedo, na Ásia, os mercados da região fecharam majoritariamente em alta, impulsionados por dados comerciais positivos da China e ganhos em ações do setor de tecnologia.
5. Disney divulga resultados
Com a temporada de resultados chegando ao fim, a Disney (NYSE:DIS) é um dos nomes notáveis que deverá divulgar os resultados do segundo trimestre após os mercados dos EUA fecharem nesta terça-feira. A empresa deve divulgar lucro por ação de US$ 1,70 com receitas de US$ 14,1 bilhões, segundo estimativas.
Provavelmente, investidores estarão particularmente interessados nas notícias relacionadas ao acordo proposto para comprar a 21st Century Fox, bem como aos resultados de sua divisão de canais a cabo, que inclui a ESPN.
Outros segmentos de receita da Disney, incluindo o de parques e o de cinemas, deverão apresentar bom desempenho, com o último provavelmente impulsionado pelo lançamento do filme Pantera Negra, que dominou as bilheterias em fevereiro.
Outros balanços notáveis esperados nesta terça-feira deverão incluir Valeant Pharmaceuticals (NYSE:VRX), Electronic Arts (NASDAQ:EA), Etsy (NASDAQ:ETSY), Match Group (NASDAQ:MTCH), Marriott (NASDAQ:MAR), Monster Beverage (NASDAQ:MNST) e TripAdvisor (NASDAQ:TRIP).