Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 23 de outubro, sobre os mercados financeiros:
1. Futuros apontam para uma queda de três dígitos
O mercado futuro dos EUA aponta para uma abertura em forte baixa, acompanhando declínios acentuados na Ásia e na Europa, com o sell-off de capital global deste mês sendo retomado.
Às 06h20 (horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow caía 345 pontos, ou cerca de 1,3%, os futuros do S&P 500 perdiam 40 pontos, ou cerca de 1,4%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava um declínio de 126 pontos, ou aproximadamente 1,7%.
Já na Europa, as principais bolsas da região foram amplamente para o vermelho, com a referência regional caindo para a maior baixa em 22 meses, e os investidores observando os acontecimentos em torno das conversas Brexit e o drama orçamentário da Itália.
O índice pan-europeu STOXX 600 rumava para o quinto dia de perdas, caindo 1,6% para atingir seu nível mais baixo desde dezembro de 2016.
Outras referências sofreram grandes perdas, como o DAX da Alemanha, que caiu 2,4%, queda também registrada em dezembro de 2016.
Mais cedo, na Ásia, as ações asiáticas caíram em todo o quadro, como um rali de dois dias revelado para o mercado de ações da China. O índice de referência do continente, o Shanghai Composite caiu 2,2%, e o Índice SZSE Component caiu 2,6%.
Na Coréia do Sul, o Kospi afundou 2,5%, atingindo mínimas desde março de 2017. No Japão, o Nikkei caiu 2,7%.
2. Resultados da Caterpillar e McDonald's atraem atenção
A semana de lucros corporativos vai acelerar consideravelmente nesta terça-feira.
Antes do mercado ser aberto, várias grandes empresas reportarão resultados, incluindo: Caterpillar (NYSE:CAT), McDonald’s (NYSE:MCD), United Technologies (NYSE:UTX), 3M (NYSE:MMM), Lockheed Martin (NYSE:LMT), Verizon (NYSE:VZ), e Harley-Davidson (NYSE:HOG).
Os resultados da Caterpillar, que muitas vezes são vistos como um termômetro para a economia global, serão acompanhados de perto por quaisquer sinais de desaceleração no crescimento econômico ou pressões inflacionárias. Espera-se que o gigante industrial apresente um lucro ajustado de US$ 2,83 por ação, sobre a receita de US$ 13,24 bilhões, seguindo as estimativas.
Visto como um sinal antecipado para o estado das relações comerciais EUA-China, as ações da Caterpillar caíram 18% este ano.
Os investidores também ficarão de olho nos resultados do McDonald's, enquanto a empresa continua a reposicionar vários restaurantes. Wall Street espera que a empresa relate um crescimento nas vendas em lojas próprias de 3,4% durante o terceiro trimestre, com lucro ajustado por ação de US$ 2,00 sobre receita de US$ 5,31 bilhões.
As ações da gigante de fast food perderam cerca de 3,5% este ano.
3. Dólar em baixa
Nos mercados de câmbio, que permaneceram relativamente calmos em meio à volatilidade observada nas ações, o dólar foi ligeiramente inferior em relação aos seus principais rivais.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,1%, para 95,65.
O calendário econômico ficará bastante calmo nesta terça-feira, com apenas o relatório mensal do FED de Richmond sobre a atividade indutrial sendo lançado às 11h00.
4. O ouro salta à medida que os investidores buscam segurança
Ativos tradicionais de refúgio seguro como o ouro, o iene japonês e os títulos do tesouros americano estavam todos mais altos, como um coquetel de indicadores negativos: o isolamento diplomático da Arábia Saudita, às preocupações com o orçamento da Itália e o acordo do Brexit fala deixaram os mercado desanimado.
O ouro, que é frequentemente procurado em tempos de tensão geopolítica ou turbulência de mercado, ganhou 1,5%, para US$ 1.239,60 por onça troy, seu melhor nível desde 17 de julho.
Agentes de mercado também buscavam o iene, outra moeda considerada porto seguro. O par USD/JPY recuava 0,55% para 112,17.
Além disso, os rendimentos do tesouro caíram enquanto os investidores buscaram a segurança extra da renda fixa. O rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos, tomado como referência, recuava 5,0 pontos base para 3,143%, o mais baixo em mais de uma semana.
5. Declínio dos preços do petróleo antes do relatório da API
Os preços do petróleo foram negociados perto de seu nível mais baixo em quase cinco semanas antes do lançamento de novos dados semanais sobre os estoques comerciais nos EUA.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal para a semana encerrada em 19 de outubro às 17h30 em meio a expectativas de um aumento de cerca de 3,5 milhões de barris.
Se confirmado, seria a quinta subida semanal consecutiva da oferta americana de petróleo bruto.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate recuavam 86 centavos, ou 1,2%, e foram negociados a US$ 68,31 por barril.
Os contratos futuros de petróleo Brent, referência internacional, estavam cotados US$ 78,44 dólares por barril, US$ 1,39, ou 1,7% abaixo de seu último fechamento.
Os preços também foram pressionados depois que a Arábia Saudita prometeu desempenhar um "papel responsável" nos mercados de energia, apesar de seu crescente isolamento depois do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.