Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 27 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar próximo de mínima de 13 meses devido à cautela do Fed
O dólar norte-americano ampliava perdas próximo à mínima de 13 meses frente a uma cesta de outras principais moedas após a linguagem mais cautelosa do Federal Reserve quanto à perspectiva de inflação nos EUA se somar às expectativas de que o endurecimento da política monetária seria glacial, na melhor das hipóteses.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava em 93,35 no início do pregão após ter chegado à mínima de 93,00 durante a noite, o nível mais fraco desde junho de 2016.
Embora o Fed tenha afirmado que espera começar a reduzir seu imenso portfólio de títulos "relativamente logo", o banco central também observou fraqueza na inflação norte-americana de forma mais explícita do que antes.
O reconhecimento da inflação suave se somou às expectativas de que o plano do Fed de aumentar as taxas de juros uma terceira vez este ano possa ser adiado.
De acordo com Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com, as convicções a respeito de outro aumento antes do fim do ano diminuíram, com menos de 40% dos agentes do mercado esperando outro movimento até dezembro.
Investidores observarão dados dos EUA para avaliar a força da maior economia do mundo e como isso impactará a perspectiva de política monetária do Fed.
Dados sobre bens duráveis e pedidos semanais de seguro-desemprego têm divulgação prevista para as 09h30 (horário de Brasília).
2. Mercados se preparam para dia mais agitado da temporada de resultados
Cerca de 60 empresas constituintes do S&P 500 devem divulgar resultados corporativos, tornando o dia de hoje o mais agitado na temporada de resultados.
Twitter (NYSE:TWTR), Verizon (NYSE:VZ), Comcast (NASDAQ:CMCSA), UPS (NYSE:UPS), Mastercard (NYSE:MA), Celgene (NASDAQ:CELG), Bristol-Myers Squibb (NYSE:BMY), Procter & Gamble (NYSE:PG), ConocoPhillips (NYSE:COP), Raytheon (NYSE:RTN) e MGM Resorts (NYSE:MGM) estão entre os grandes nomes divulgando resultados antes da abertura.
Amazon (NASDAQ:AMZN), Intel (NASDAQ:INTC), Starbucks (NASDAQ:SBUX), Baidu (NASDAQ:BIDU), Western Digital (NASDAQ:WDC), Electronic Arts (NASDAQ:EA) e First Solar (NASDAQ:FSLR) deverão fazer o mesmo após o fechamento.
3. Ações do Facebook no caminho de abertura em alta histórica
A atividade de publicidade em dispositivos móveis do Facebook cresceu mais de 50% no segundo trimestre, afirmou a empresa em seu relatório de resultados, divulgado no fim da quarta-feira, já que a rede social continuou a se estabelecer como espaço preferencial para uma gama crescente de anunciantes on-line.
Ações do Facebook (NASDAQ:FB), que possui quatro dos mais populares serviços móveis no mundo, avançavam mais de 4% para a máxima histórica de US$ 173 nas negociações antes do pregão.
Enquanto isso, o mercado futuro dos EUA apontava para mais altas recordes em Wall Street, com o blue chip futuros do Dow indicando um ganho de 33 pontos, ou cerca de 0,2%, os futuros do S&P 500 avançando 4 pontos, ou cerca de 0,2%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 subia 30 pontos, ou cerca de 0,5%.
O Índice de Volatilidade CBOE, métrica popular sobre o medo em Wall Street, estava no caminho de abrir em queda de 2,5%, fixado em 9,36, não muito distante dos menores níveis registrados.
4. Resultados europeus não conseguem impressionar
Investidores na Europa avaliavam uma série de relatórios financeiros corporativos, que não conseguiram impressionar a maior parte deles, deixando a referência do mercado de capitais da região pouco alterada.
Ações do Deutsche Bank (DE:DBKGn) caíam em torno de 3% após o banco alemão projetar menores receitas para o ano todo e apenas uma melhora modesta nos ganhos, já que as vendas do segundo trimestre foram atingidas por uma redução nas negociações de mercados de capitais.
A AstraZeneca (LON:AZN), empresa farmacêutica britânica, recuava 15% para seu menor nível em quase cinco meses após um teste, que era observado de perto, com uma droga experimental para tratamento do câncer de pulmão ter fracassado. Por outro lado, a AstraZeneca obteve aumento no lucro, mas perdeu receita no segundo trimestre.
Os resultados da Nestlé (SIX:NESN) também foram decepcionantes. Suas ações caíam 1,5% após a maior fabricante de alimentos do mundo reduzir sua perspectiva de vendas para 2017, alimentando as demandas dos acionistas para que Mark Schneider, diretor-executivo da empresa, acelere mudanças.
No lado positivo, a Royal Dutch Shell (LON:RDSa), maior empresa de petróleo da Europa, ultrapassou as expectativas dos analistas, divulgando receitas de US$ 72,13 bilhões no segundo trimestre de 2017, fazendo com que suas ações subissem.
A Diageo (LON:DGE) também subia após a empresa de bebidas e alimentos elevar sua projeção de margem e lançar um programa de recompra de ações.
5. Ouro sobe ao maior nível desde a metade de junho.
Contratos futuros de ouro na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York atingiram seu maior nível desde 15 de junho, cotados a US$ 1.265,14, já que a mais recente declaração de política monetária do Federal Reserve alimentava preocupações sobre futuros aumentos dos juros.
O metal precioso é sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, o que aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o ouro.
Ainda na divisão Comex, contratos futuros da prata subiam para a máxima de cinco semanas de US$ 16,73 a onça troy.
Enquanto isso, contratos futuros de cobre permaneciam próximos de seu nível mais alto em mais de dois anos em meio a rumores de que a China poderá proibir a importação de metal de sucata a partir do final de 2018.