Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 18 de dezembro, sobre os mercados financeiros:
1. CME lança contratos futuros de bitcoin em meio a ceticismo de UBS
A Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês) lançou seus próprios contratos futuros de bitcoin no domingo, uma semana depois da versão da rival CBOE.
Uma vez que a maior bolsa do mundo entra nesse jogo, acredita-se que o lançamento da CME possa trazer ainda mais interesse à moeda digital.
Com início nesta segunda, o produto da CME permitirá que os investidores façam apostas se acreditam que o preço irá subir ou cair. O lançamento da segunda versão de contratos futuros de bitcoin é visto como um outro passo em direção à utilização de um ativo volátil por grandes investidores institucionais, ativo esse até recentemente acessível apenas através de mercados altamente desregulamentados.
O bitcoin ainda possui detratores após ter disparado mais de 1.800% apenas neste ano. Axel Weber, presidente do UBS, afirmou na segunda-feira que a moeda digital não era "nem preciosa nem sustentável".
"Assim que os pequenos investidores investirem, os reguladores serão necessários... Eu acolheria favoravelmente uma discussão com reguladores sobre criptomoedas", disse Weber ao jornal suíço NZZ.
2. Projeto de reforma tributária permanece como principal foco do mercado
A reformulação tributária dos EUA continua a ser o principal foco do mercado com sua aprovação final esperada para esta semana.
Na sexta-feira, dois senadores republicanos indecisos expressaram seu apoio ao projeto com concessões, essencialmente consolidando sua aprovação. Tanto a Câmara quanto o Senado deverão aprovar a proposta no meio da semana, preparando o caminho para a assinatura de Donald Trump, presidente norte-americano.
O debate sobre a efetividade da medida ainda está inflamado. Embora impostos para pessoas físicas e jurídicas deverão cair inicialmente, a Comissão Conjunta sobre Impostos calculou que o projeto elevaria o déficit federal em US$ 1,46 trilhão durante dez anos, antes de ser responsável por qualquer crescimento econômico que possa ter resultado.
Economistas anunciaram que os cortes em impostos não resultarão em melhorias na economia com base em seus cálculos de que a maior parte dos benefícios irá para corporações e para os norte-americanos mais ricos.
Entretanto, Trump declarou que "os cortes nos impostos irão elevar o investimento na economia norte-americana e nos trabalhadores norte-americanos, levando a maior crescimento, maiores salários e mais empregos!".
3. Bolsas de todo o mundo comemoram reforma tributária dos EUA com chegada de feriados
Bolsas globais estavam majoritariamente em alta de forma geral nesta segunda-feira, já que investidores comemoravam a iminente aprovação da reforma tributária de Trump. As bolsas norte-americanas fecharam em máximas históricas na sexta-feira uma vez que as notícias de que os republicanos conseguiram votos para aprovação deram sustentação.
O mercado futuro dos EUA parecia preparado para continuar sua comemoração nesta segunda-feira em uma semana que será provavelmente calma pois os feriados de Natal estão chegando. Às 08h58, o blue chip futuros do Dow ganhava 120 pontos, ou 0,49%, os futuros do S&P 500 subiam 9 pontos, ou 0,34%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 37 pontos ou 0,56%.
Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias compartilhavam o sentimento otimista com a referência Euro Stoxx 50 subindo cerca de 1%, já que revisões na inflação da zona do euro em novembro não apresentaram alterações.
Mais cedo, bolsas asiáticas encerraram em alta na segunda-feira, com os ânimos impulsionados pelas expectativas de que os legisladores norte-americanos aprovarão o tão esperado projeto de lei sobre impostos nesta semana, enquanto as bolsas chinesas estavam contaminadas com preocupações sobre liquidez e regulamentações mais duras na segunda maior economia do mundo. O Nikkei 225 do Japão fechou com ganhos sólidos de 1,63%, mas o Shanghai Composite da China encerrou a segunda-feira com apenas 0,05% de alta.
4. Ganhos do petróleo com sustentação em interrupção de oleoduto e greve na Nigéria
Preços do petróleo subiam nesta segunda-feira em meio à interrupção em curso no oleoduto do Mar do Norte enquanto uma greve de trabalhadores do setor de petróleo da Nigéria ameaçava as exportações do país e dados semanais que mostraram uma redução na produção de shale oil dos EUA.
A Ineos, operadora do Mar do Norte, declarou força maior em todos as suas remessas de óleo e gás através do sistema de oleoduto Forties na semana passada após rachaduras terem sido descobertas.
Na Nigéria, a Associação de Pessoal Sênior de Petróleo e Gás Natural, cujos membros trabalham principalmente no setor petrolífero, iniciou uma ação industrial na segunda-feira após negociações com agências do governo que acabaram em impasse, o que possivelmente irá atingir a produção e as exportações do país.
Além disso, dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, que foram divulgados após o fechamento do mercado na sexta-feira, mostraram que as empresas de energia dos EUA reduziram as sondas de exploração pela primeira vez em seis semanas, que totalizaram 747 na semana encerrada em 15 de dezembro.
Contratos futuros de petróleo dos EUA subiam 0,52% para US$ 57,63 às 08h59, enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,33%, com o barril negociado a US$ 63,44.
5. Hershey próxima de acordo para adquirir Amplify por US$ 1,6 bilhão
A Hershey supostamente estaria próxima de um acordo para adquirir a Amplify Snack Brands fabricante da pipoca SkinnyPop, por US$ 1,6 bilhão.
Ao citar fontes familiarizadas com o assunto a CNBC informou que o acordo faria as ações da Amplify valerem US$ 12, ágio de 71% em comparação ao preço de fechamento da sexta-feira.
O movimento se encaixa nas ações da Hershey para expandir as atividades de doces e salgadinhos em um termo que a companhia criou, "snackfection" (afeição por lanches, em tradução livre).
Enquanto se aguarda a abertura nos EUA, a Amplify encerrou a sexta-feira com ações cotadas a US$ 7,00, ao passo que as da Hershey encerraram a semana passada em US$ 114,14.