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Investing.com - O cenário político do Japão está cada vez mais incerto, com crescentes especulações sobre a possibilidade de eleições antecipadas em meio a dúvidas contínuas sobre a liderança do primeiro-ministro Ishiba, segundo a Capital Economics.
Na recente eleição para a Câmara dos Conselheiros, a coalizão LDP/Komeito garantiu apenas 47 das 124 cadeiras disputadas, deixando-os com apenas 122 assentos na Câmara Alta — insuficiente para formar maioria.
Esta é a primeira vez desde meados da década de 1990 que a coalizão não possui maioria em ambas as câmaras, após perder o controle na Câmara Baixa em outubro passado.
Embora a perda da maioria na Câmara Alta não seja imediatamente catastrófica, levanta questões sobre a estabilidade da liderança de Ishiba. O índice de desaprovação de seu gabinete atingiu níveis que historicamente provocaram renúncias, e pesquisas de opinião indicam que o apoio ao LDP está agora em seu nível mais baixo desde 2012.
"De fato, por enquanto, o primeiro-ministro Ishiba prometeu continuar", observa a Capital Economics, mas permanece um claro risco de que ele renuncie nos próximos meses, com um potencial sucessor convocando eleições antecipadas.
Espera-se que os reveses eleitorais influenciem a política fiscal, com a maioria dos principais partidos de oposição fazendo campanha por cortes de impostos, incluindo a redução do imposto sobre vendas.
O LDP se opôs às propostas de cortes de impostos, enfatizando que a receita adicional é necessária para cobrir os crescentes custos da seguridade social. Eles argumentam que reduzir o imposto sobre vendas levaria até um ano para ser implementado e não seria uma estratégia eficaz para enfrentar o aumento do custo de vida.
Em vez disso, espera-se que o governo mantenha sua abordagem atual de oferecer pagamentos em dinheiro e subsídios de energia.
Os mercados financeiros também estão reagindo aos recentes desenvolvimentos políticos. Os rendimentos dos títulos governamentais japoneses de longo prazo (JGB) subiram recentemente, aproximando-se de seus picos anteriores alcançados no final de maio.
Alguns analistas atribuem esse aumento às preocupações com uma política fiscal mais frouxa, embora outros destaquem que as compras reduzidas de títulos pelo Banco do Japão aumentaram a exposição dos investidores privados a rendimentos mais altos.
"Muitos comentaristas estão atribuindo o recente aumento às preocupações com uma política fiscal mais frouxa", afirma a nota.
"Mas também vale lembrar que a redução na quantidade de JGBs comprados pelo Banco do Japão significa que os investidores privados agora precisam manter uma parcela maior do mercado, e eles parecem estar dispostos a fazê-lo apenas com rendimentos muito mais altos", acrescenta.
Apesar da turbulência política, a situação fiscal do Japão permanece relativamente estável no médio prazo.
A nota destaca que "ganhos contínuos e fortes no PIB nominal, juntamente com o menor déficit orçamentário em 30 anos, significam que a relação da dívida deve cair por mais alguns anos".
A Capital Economics espera que os rendimentos dos títulos atinjam cerca de 2% até o final de 2026, embora observe que essa perspectiva é mais impulsionada pelas expectativas de mudanças na política monetária do que por riscos fiscais imediatos.
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