Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os pedidos de indenização referentes aos estragos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul saltaram nas últimas semanas, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) nesta quarta-feira.
Até o dia 18 de junho, as indenizações avisadas somavam 3,885 bilhões de reais, de 1,673 bilhão de reais até o dia 23 de maio, de acordo com a entidade.
Os pedidos somam quase 49 mil, com danos sobre automóveis e residências liderando as solicitações na região.
Em termos monetários, a linha de danos sobre grandes riscos, que inclui galpões e grandes fábricas, representa o maior valor, com 1,322 bilhão de reais, à frente dos automóveis, com 1,277 bilhão de reais.
A Amazon (NASDAQ:AMZN) e o Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) são algumas das maiores ocupantes de galpões logísticos no Rio Grande do Sul, com áreas de, respectivamente, 41 mil e 41,8 mil metros quadrados, de acordo com dados da consultoria do setor imobiliário Newmark.
Até 18 de junho, o segmento de outros produtos representava 580,01 milhões de reais do total de indenizações avisadas, seguido pelo setor residencial, em 524,66 milhões de reais, conforme a CNseg.
Por último, as indenizações avisadas do setor agrícola somavam 181,69 milhões de reais. As máquinas agrícolas respondem por mais da metade (52%) do volume de receita de máquinas e equipamentos do Rio Grande do Sul, segundo a associação do setor Abimaq.
"Esses eventos têm um efeito duplo" afirmou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira. "Primeiro, acreditamos que haverá uma redução momentânea na contratação de seguros, pois as pessoas estão preocupadas com outras questões nesse momento. Em segundo, (o evento) funciona como um alerta para a necessidade da contratação de seguros."
(Reportagem adicional de Patrícia Vilas Boas)