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Resumo: Após um ano, Fed eleva juros e indica mais altas em 2017

Publicado 16.12.2016, 17:55
© Reuters.  Resumo: Após um ano, Fed eleva juros e indica mais altas em 2017
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Investing.com - Aconteceu. Após um ano de seguidos adiamentos o Federal Reserve finalmente decidiu elevar os juros dos Estados Unidos pela segunda vez desde a crise mundial de 2008. A última vez que o banco havia decidido elevar as taxas ocorreu em dezembro do ano passado, quando o cenário traçado pelos diretores apontava para quatro altas em 2016.

De lá para cá, a realidade e os cisnes negros se impuseram e o banco teve de recuar em sua política contracionista.

A China desacelerou e o medo de um hard landing tomou o mercado na primeira parte do ano. O crescimento e a solidez das economias da Europa voltaram a preocupar até que, em junho, a votação pelo Brexit surpreendeu e inflamou movimentos eurocéticos por todo o continente. Por fim, a grande surpresa do ano foi a eleição de Trump, que ganhou a eleição para a presidência dos EUA e assustou temporariamente os investidores pela superficialidade dos seus planos econômicos.

Em todos os momentos, o mercado saiu mais otimista antes do choque com os eventos. Os índices dos EUA bateram recordes sucessivos e o Dow se aproxima de históricos 20 mil pontos.

Agora, o Fed olha para 2017 e 2018 projeta três altas por ano, uma a mais do que o previsto antes da eleição dos EUA, indicando receio de alguns diretores em relação às incertezas quanto a política expansionista que deverá ser adotada por Trump.

A expectativa de juros mais altos nos EUA provocou a valorização do dólar, que alcançou nível recorde de 14 anos. O euro e a libra ficaram pressionados, assim como as commodities que cederam com a força da divisa.

Frente ao real, o dólar interrompeu a sequência de quedas e passou a ganhar força, fechando a semana com leve alta, voltando a encostar nos R$ 3,40, após ter recuado até R$ 3,30, no menor valor em mais de um mês.

Pacote econômico para empurrar a política

No Brasil, o governo tentou reagir após três semanas de fortes desgastes com a delação da Lava Jato cada vez mais próxima do presidente Michel Temer em meio à delação da Odebrecht. O assessor do presidente, José Yunes, se afastou e rumores da saída de Padilha e Moreira Franco se intensificaram. No senado, sinal amarelo acendeu com a aprovação da PEC dos gastos com oito votos favoráveis a menos no segundo turno.

A principal reação veio com o lançamento de um pacote econômico que foi elogiado por parte do mercado, com medidas para desburocratizar e aumentar o poder econômico de empresas e dos consumidores.

Faltou, contudo, consenso no governo em diversas medidas do plano, que foram apresentadas incompletas em um aparente açodamento para criar uma agenda positiva. A expectativa é que no final de semana o governo possa voltar a sofrer novos vazamentos de delações premiadas publicadas nas principais revistas semanais.

Em Brasília, o STF voltou a fustigar o Legislativo e o Executivo, na esteira da crise criada com a suspensão - e reversão da decisão - de Renan Calheiros da presidência do Senado. Novamente em decisão monocrática, dessa vez do ministro Luiz Fux, o supremo interferiu no parlamento devolvendo à Câmara o projeto de lei anticorrupção. Marco Aurélio Mello voltou a pressionar pelo andamento da instauração do impeachment contra Michel Temer. O contragolpe do Congresso veio com a aprovação do fim dos supersalários e a ameaça de retomar a votação da lei de abuso de autoridade.

Enquanto se aproxima do final do ano, a Lava Jato dispara seu ‘indicador antecedente’ de novas fases. A Polícia Federal pediu ao juiz Sergio Moro a transferência de presos da carceragem em Curitiba para a penitenciária onde estão Dirceu e Vaccari. Movimento semelhante foi visto precedendo diversas operações, quando a PF abre espaço para receber novos presos.

Ibovespa perde os 60 mil pontos

A semana foi pesada para o Ibovespa com a percepção de que a crise política deverá voltar ao centro das atenções em Brasília com a Lava Jato se aproximando de Temer e a economia mostrando sinais de que ainda está longe da recuperação. O índice cedeu 3% na semana e fechou abaixo de 59 mil pontos.

Petrobras (SA:PETR4). A companhia não resistiu ao pessimismo na bolsa e cedeu mais de 4% apesar da leve valorização do petróleo com o acordo entre a Opep e grandes exportadores. A empresa vendeu uma parcela de suas atividades de etanol para a São Martinho (SA:SMTO3) e assegurou empréstimo de mais US$ 5 bilhões da China em dez anos. A produção de petróleo de novembro ficou em 2,23 milhões de barris por dia.

Vale (SA:VALE5). As grandes oscilações nos preços do minério trouxeram volatilidade à companhia, que encerrou a semana com realização de 7%, devolvendo parte dos ganhos do último mês. A empresa vendeu 13,63% por cento da Mineração Paragominas para Norsk Hydro, por US$ 113 milhões.

Braskem (SA:BRKM5). A petroquímica foi um dos grandes destaques do Ibovespa com alta de 4% após ter assinado acordo de leniência com o MPF, no qual se compromete a pagar R$ 3,1 bilhões em multa e indenização.

GOL. A aérea também fechou acordo de leniência e pagará R$ 12 milhões. Em novembro, a companhia registrou alta de 1% na demanda por voos.

Embraer (SA:EMBR3). A empresa cortou quase pela metade o plano de layoff de trabalhadores em sua unidade de São José dos Campos.

BB. O banco informou que 9,4 mil trabalhadores aderiram ao plano de incentivo à aposentadoria. O BB Seguridade (SA:BBSE3) prevê lucro maior em 2017, mesmo com o fechamento de agências do Banco do Brasil (SA:BBAS3) e com menor receita financeira.

Cielo (SA:CIEL3). A operadora entrou no centro das atenções após o governo anunciar sem detalhes planos para reduzir o tempo de repasse aos lojistas dos valores faturados no cartão. Os adiantamentos dos recursos correspondem a cerca de 25% do resultado ad empresa. A Cielo afundou 6% depois do anúncio do governo, mas recuperou com ganhos de mais de 5% hoje.

Suzano (SA:SUZB5) anunciou novo aumento nos preços da celulose.

CPFL (SA:CPFE3). Aneel aprovou a transferência do controle da empresa para a chinesa State Grid.

Gafisa (SA:GFSA3). Fora do Ibovespa, a empresa cancelou o IPO da Tenda e negociou 25% da subsidiária para o grupo Jaguar Growth Asset.

Eletrobras (SA:ELET3). A ação ordinária da companhia entrou na segunda prévia do Ibovespa.

Engie. Em entrevista à Reuters, a empresa manifestou interesse em entrar no segmento de gás, aproveitando o vácuo com a saída da Petrobras.

Commodities

Petróleo. A commodity avançou com o acordo entre os países produtores e a Opep para ampliar o corte de produção em 2017. O cartel apontou que deverá ter aumento de oferta no próximo ano se o acordo não for cumprido.

Minério. Na China, o aço e o minério voltaram a frequentar as máximas de três anos em uma semana volátil nos preços das commodities.

Ouro. O metal tocou na mínima de 10 meses com a valorização do dólar.

Açúcar. A produção das usinas do Centro Sul disparou na segunda quinzena de novembro.

Café. A safra 2016 é estimada em 54,9 milhões de sacas.

Energia. O ONS prevê aumento de 2,2% no consumo de energia do Brasil em 2017.

Soja. Abiove elevou a previsão da safra e exportação.

Indicadores

Inflação. IPC-S avançou 0,17% na segunda quadrissemana e o IGP-10 fechou o ano a 6,95% contra 10,54% de 2015.

IBC-Br. O índice do Banco Central recuou 0,48% em outubro.

Varejo. As vendas tiveram o pior outubro em oito anos e cederam 0,8%.

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