Nova aposta de Buffett dispara dois dígitos; como antecipar esse movimentos?
Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros do trigo negociados em Chicago subiram nesta sexta-feira, atingindo o preço mais alto desde outubro, e os analistas disseram que o suporte do clima extremamente frio nas regiões do Mar Negro e das planícies dos EUA levou a uma cobertura de posições vendidas.
Os futuros do milho e da soja também subiram, com os investidores monitorando o clima seco na Argentina, um grande produtor de ambas as safras.
Os futuros foram também amplamente apoiados por um dólar mais fraco e pelo alívio dos investidores com o fato de o presidente dos EUA, Donald Trump, não ter imposto imediatamente tarifas recíprocas em todo o mundo, disseram os analistas.
A decisão de Trump de ordenar que sua equipe econômica preparasse planos para tarifas recíprocas foi vista como uma margem para negociações, embora os investidores tenham permanecido cautelosos em relação a uma possível guerra comercial e retaliação contra as exportações agrícolas dos EUA.
"O fato de que ele está dando bastante tempo de negociação é favorável aos mercados", disse Randy Place, analista do Hightower Report.
O trigo fechou em alta de 22,25 centavos, a US$6 por bushel, atingindo uma máxima de US$6,0275 por bushel.
O contrato mais ativo do milho subiu 2,75 centavos, a US$4,965 por bushel, e a soja subiu 6 centavos, a US$10,36 por bushel.
As temperaturas frias nas áreas de trigo de inverno da Rússia e dos EUA podem causar danos por congelamento às culturas dormentes que perderão uma camada de cobertura de neve isolante, disseram os traders. A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo.
Na França, a safra de trigo mole já piorou bastante desde dezembro, segundo dados do escritório agrícola FranceAgriMer.
As preocupações com a oferta fizeram com que os fundos de commodities, que detêm uma grande posição líquida vendida em trigo, cobrissem suas posições vendidas, disseram os traders.