USDA reduz perspectiva de estoque de milho nos EUA após aumentar exportação para recorde

Publicado 11.07.2025, 13:30
Atualizado 11.07.2025, 15:56
© Reuters. Carregamento de milho em caminhão

Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) - A oferta de milho dos Estados Unidos diminuirá para o nível mais baixo em quatro anos antes de uma esperada safra recorde, à medida que as exportações em volumes históricos reduzem os estoques de grãos, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em seu relatório mensal de oferta e demanda nesta sexta-feira.

Os estoques finais de milho dos EUA para o ano comercial da safra velha (2024/25) foram projetados em 1,340 bilhão de bushels, abaixo da previsão de 1,365 bilhão de bushels de um mês atrás e da estimativa média dos analistas de 1,353 bilhão de bushels.

A agência dos EUA elevou sua visão de exportação de milho para um recorde de 2,750 bilhões de bushels, de 2,650 bilhões de bushels um mês atrás e eclipsando o recorde anterior de exportações estabelecido na temporada 2020/21, de acordo com dados do USDA.

As exportações dos EUA superaram as expectativas este ano, pois os preços dos embarques dos Estados Unidos foram competitivos no mercado mundial, apesar das expectativas de uma safra abundante no rival fornecedor Brasil.

A safra do país sul-americano enfrentou desafios logísticos no início da temporada de embarque, já que o milho está competindo pela capacidade de carregamento de exportação com a safra recorde de soja esperada no Brasil.

Os agricultores dos EUA devem colher safras abundantes de milho e soja nesta temporada, pois ambas estão se desenvolvendo sob um clima favorável no Meio-Oeste.

As safras, que serão colhidas neste outono no Hemisfério Norte, aumentarão a abundância de suprimentos globais.

As fortes perspectivas de produção nos Estados Unidos e no Brasil, os dois principais fornecedores globais de milho e soja, já arrastaram os preços de referência do milho e da soja na bolsa de Chicago para mínimas de vários meses.

Os contratos futuros de dezembro do milho da safra nova subiram brevemente após a divulgação dos dados do USDA, antes de afundarem em novas mínimas contratuais, enquanto a soja novembro ampliou as quedas.

"Simplesmente não vejo esse relatório sendo suficiente para levar grande parte do comércio para o lado verde da planilha. O clima está perfeito, então as pessoas vão negociar o clima e a safra", disse Jake Hanley, diretor administrativo e especialista sênior de portfólio da Teucrium Trading.

Na sexta-feira, o USDA estimou a produção de milho dos EUA para a temporada 2025/26 em 15,705 bilhões de bushels, com um rendimento médio de 181,0 bushels por acre, abaixo da perspectiva do mês anterior de 15,820 bilhões de bushels, mas ainda assim a maior já registrada.

Os analistas ouvidos pela Reuters esperavam, em média, que a produção fosse estimada em 15,731 bilhões de bushels.

A agência reduziu ligeiramente a safra de soja dos EUA para 4,335 bilhões de bushels com um rendimento médio de 52,5 bpa, abaixo de sua perspectiva de junho de uma safra de 4,340 bilhões de bushels, mas em grande parte em linha com a estimativa média dos analistas de 4,334 bilhões de bushels em uma pesquisa da Reuters.

(Reportagem de Karl Plume em Chicago)

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