SÃO PAULO (Reuters) - A companhia Agra Agroindustrial recebeu a autorização do governo chinês para retomar as exportações de carne bovina ao país asiático, após uma suspensão decorrente da crise de coronavírus no Brasil, disse a companhia nesta segunda-feira.
Por meio da assessoria de imprensa, a Agra afirmou à Reuters que recebeu a confirmação da China através do Ministério da Agricultura brasileiro na noite de sexta-feira.
"Temos só uma planta habilitada para a China e devido à Covid-19 houve um mau entendimento e fomos suspensos. Já exportamos para lá faz quase um ano e só agora passamos por isso", explicou a empresa.
A planta suspensa em junho fica localizada em Rondonópolis (MT) --com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) 3941 -- e, de acordo com a Agra, cerca de 80% da produção de carne bovina da companhia que vai para o mercado externo tem a China como destino.
São embarcados entre 60 e 80 contêineres por mês para o país asiático, acrescentou.
No período em que os embarques foram suspensos, a Agra disse que trabalhou junto à vigilância sanitária local e o Ministério da Agricultura, para que o governo federal fizesse a ponte com o Departamento de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) e, assim, reabilitar a exportação.
A unidade da Agra foi a primeira companhia brasileira suspensa pela China como medida de prevenção contra a entrada do novo coronavírus naquele país.
Com a liberação, outros cinco frigoríficos continuam embargados pelos chineses. São eles: unidade de bovinos da Marfrig (SA:MRFG3) Global Foods em Várzea Grande (MT); uma planta de aves e outra de suínos da JBS (SA:JBSS3); uma unidade de suínos da BRF (SA:BRFS3) em Lajeado (RS); e uma de aves da Minuano no mesmo município gaúcho.
(Por Nayara Figueiredo)