MOSCOU (Reuters) - O Sberbank (LON:SBNCyq), maior banco da Rússia, deixou quase todos os mercados europeus, culpando grandes saídas de caixa e ameaças a seus funcionários e propriedades após a invasão russa à Ucrânia e as sanções ocidentais subsequentes.
A medida parecia inevitável depois que o Banco Central Europeu (BCE) ordenou o fechamento do braço europeu do banco, alertando que seria levado a um quadro de insuficiência por causa de uma corrida de saques provocada pela invasão, que Moscou chama de "operação especial".
A notícia veio nesta quarta-feira, quando o Sberbank, controlado pelo Estado russo, relatou lucros anuais recordes para 2021.
O banco disse que não era mais capaz de fornecer liquidez para subsidiárias europeias após uma ordem do banco central da Rússia, que busca preservar a moeda estrangeira. Mas afirmou que capital e ativos eram suficientes para pagar todos os depositantes.
A medida destaca a pressão que algumas empresas russas estão enfrentando por medidas sem precedentes do Ocidente para isolar Moscou, incluindo sanções ao seu banco central e a exclusão de alguns de seus bancos do sistema global de pagamentos Swift.
A presidente do banco central russo, Elvira Nabiullina, disse nesta quarta-feira que a economia do país enfrenta uma situação extrema e está fazendo todo o possível para garantir que o sistema financeiro possa lidar com qualquer impacto.
"Na situação atual, o Sberbank decidiu deixar o mercado europeu", afirmou em comunicado. "Os bancos subsidiários do grupo enfrentaram saídas anormais de caixa e ameaças à segurança de seus funcionários e filiais."