China já domina comércio mundial e avançará mais com tarifaço de Trump

Publicado 12.08.2025, 12:10
© Reuters.  China já domina comércio mundial e avançará mais com tarifaço de Trump

O tarifaço dos Estados Unidos caminha para aumentar a hegemonia comercial global alcançada pela China em 2024. Desde o “Dia da Libertação”, em 2 de abril, de Donald Trump (republicano), a corrente comercial (soma de exportações e importações) de bens norte-americana recuou em 2025, enquanto a presença chinesa no mercado cresceu.

No 1º semestre deste ano, a corrente comercial chinesa movimentou US$ 3,04 trilhões, um avanço de 1,7% ante o mesmo período do ano passado. Já os EUA movimentaram US$ 2,92 trilhões, o que representa um crescimento de 10,2% em comparação aos 6 primeiros meses de 2024.

O comércio norte-americano cresceu no período, influenciado por um boom de agentes que já projetavam os efeitos do tarifaço, mas agora se encontra em ritmo de desaceleração.

De janeiro a março, a corrente comercial dos EUA estava acima de US$ 500 bilhões por mês. Nos 3 meses seguintes, não passou mais de US$ 469,5 bilhões. Em junho, registrou o menor valor –US$ 444,1 bilhões.

Já os chineses tiveram o efeito contrário. Embora o ritmo de crescimento na comparação semestral esteja inferior, a corrente comercial se manteve estável e cresceu desde que o tarifaço norte-americano entrou em vigor.

Como mostrou o Poder360 em abril, a China alcançou uma relevância comercial superior aos EUA em 2024. No século 21, os chineses cresceram 7 vezes mais que os norte-americanos no comércio internacional.

Em 2000, o comércio dos EUA com outros países movimentava 4 vezes mais que a China. Na época, o país asiático era o principal parceiro comercial de alguns países, como Cuba, Irã, Líbia, Mianmar, Mongólia, Coreia do Norte, Omã, Sudão, Tanzânia e Vietnã.

O Lowy Institute criou uma animação para mostrar a evolução da disputa comercial entre EUA e China de 2001 a 2023. Os países que negociavam mais com os norte-americanos estão pintados de azul, e os que tinham mais negócios com os chineses, de vermelho.

O Poder360 também já mostrou que a China empurrou os EUA para fora da América Latina no século 21.

No caso do Brasil, o comércio com o país norte-americano passou de US$ 29,2 bilhões em 2000 para US$ 92,0 bilhões em 2024, uma alta de 215,3% no período. O aumento foi muito maior com a China. Saltou de US$ 2,8 bilhões para US$ 188,4 bilhões em 24 anos, com crescimento de 6.522%.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.