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Consumo nos lares brasileiros cresce 4,2% de junho para julho

Publicado 02.09.2023, 07:45
Atualizado 02.09.2023, 08:10
© Reuters Consumo nos lares brasileiros cresce 4,2% de junho para julho
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O Consumo nos lares brasileiros, medido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), registrou alta de 4,24% em julho, na comparação com o mês anterior. Em relação a julho do ano passado, o aumento é de 3,37% e, no acumulado do ano, de 2,52%.

Os resultados contemplam estabelecimentos nos formatos atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, a queda expressiva nos preços dos alimentos para consumo no domicílio em julho sinalizou mais uma vez que as medidas de combate à inflação precisam ser mantidas.

“A busca por produtos de preços mais baixos reflete o comportamento de 54% dos brasileiros no momento de compor a cesta de abastecimento dos lares”, analisou Milan.

Segundo a Abras, os preços dos hortifrutigranjeiros, das carnes, dos laticínios e dos alimentos industrializados devem ser elevados em função dos aumentos de preços dos combustíveis, principalmente o óleo diesel.

“Além dos repasses imediatos pelos fornecedores, a reoneração dos combustíveis prevista para o início de setembro deve pressionar ainda mais o preço dos produtos no varejo. Com essa medida, o diesel passa a ter PIS/Cofins de R$ 0,11 por litro em setembro e mais R$ 0,03 por litro em outubro”, diz a Abras.

Os dados da associação indicam que o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) em julho teve queda de 1,51% na comparação com junho. Em média, os preços da cesta baixaram de R$ 741,23 para R$ 730,06, menor valor registrado desde fevereiro de 2022 (R$719,06).

Na análise regional, a maior queda ocorreu na região Sudeste (-1,58%), seguida do Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%) e Centro-Oeste (-1%). A principal contribuição para a queda partiu dos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e a menor pressão das cestas de higiene e de limpeza.

Segundo o levantamento, as quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), e queijos muçarela e prato (-0,20%).

As carnes seguiram a tendência de queda registrada no primeiro semestre, com recuos em cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Os ovos apresentaram estabilidade nos preços (0,01%) pela primeira vez em 2023.

Entre os itens básicos, a única alta foi puxada por açúcar refinado (+1,58%). A queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-9,24%), seguido de óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%).

Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em xampu (-0,69%), sabonete (- 0,11%) e papel higiênico (-0,03%). Em limpeza, o sabão em pó registrou queda de 0,80% nos preços.

Com informações da Agência Brasil

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