Por Kevin Yao e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - O iuan está em um nível apropriado no momento e flutuações para ambos os lados não irão provocar necessariamente uma fluxo de capital desordenada, afirmou à Reuters nesta terça-feira uma autoridade do Banco do Povo da China.
O iuan perdeu 2,4% desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou neste mês impor mais tarifas sobre produtos chineses a partir de 1 de setembro, embora haja sinais de que a China está tentando conter os declínios.
"O nível atual do iuan está apropriadamente alinhado com os fundamentos da economia da China e com a oferta e demanda de mercado", disse em entrevista à Reuters Zhu Jun, chefe do departamento internacional do banco central.
Zhu disse que a China ficou "chocada" com a ação do Tesouro dos EUA na semana passada de classificar a China de manipulador cambial, horas depois de Pequim deixar o iuan cair além da marca de 7 por dólar, para o menor nível desde a crise global.
Mas Zhu afirmou que a China será capaz de "navegar por todos os cenários" que surgirem da decisão do governo de Trump de chamar o país de manipulador cambial pela primeira vez desde 1994, o que afetou os mercados globais.
A China não deve enfrentar sérias consequências devido a essa classificação dada a aparente falta de suporte à ação dos EUA pelo G7 e pelo Fundo Monetário Internacional, disseram ex-autoridades e atuais dos EUA e do G7.
Zhu afirmou à Reuters que, no curto prazo, choques externos exercerão influência sobre os movimentos do iuan.
"Dito isso, desde que os movimentos do iuan ocorram de maneira ordenada com base na oferta e demanda do mercado, esses movimentos em qualquer direção não significam necessariamente movimento desordenado de fluxo de capital", disse ela.