Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os índices futuros das ações dos EUA apontam para uma abertura em alta nesta quinta-feira, 7, em Wall Street, com os mercados se preparando para mais um depoimento do presidente de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) ao Congresso dos EUA.
Ainda nos EUA, as varejistas Costco e Kroger divulgarão seus últimos resultados, enquanto as ações do banco de médio porte NYCB registraram grande volatilidade no último pregão, após uma injeção de US$ 1 bilhão de um grupo de investidores.
No Brasil, a expectativa é para o balanço da estatal de petróleo Petrobras, em meio a falas do atual presidente sobre a distribuição de dividendos da empresa.
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1. Futuros americanos em alta; expectativa por balanços de Costco e Kroger
Os contratos futuros do mercado acionário norte-americano apresentaram leve alta nesta quinta-feira, com o mercado financeiro na expectativa pelo segundo dia de depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso, além da antecipação pelos dados cruciais do mercado de trabalho que serão divulgados ao término da semana.
Às 8h (de Brasília), o contrato S&P 500 futuros subia 0,27%, Nasdaq 100 futuros ganhava 0,42%, e o Dow futuros estava em acréscimo de 0,12%.
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Os principais índices de Wall Street encerraram em território positivo na última sessão, após Powell indicar a um comitê da Câmara dos Representantes que o Fed poderia iniciar um ciclo de redução das taxas de juros, que estão em patamares elevados há mais de duas décadas, ainda neste ano.
Contudo, ressaltou que os responsáveis pela política monetária necessitam de mais evidências de que a inflação está recuando de maneira consistente em direção à meta de 2% do banco central antes de efetivar quaisquer cortes. Powell está agendado para prestar depoimento hoje perante o Comitê de Bancos, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado.
Embora as declarações de Powell tenham gerado otimismo quanto a possíveis cortes nas taxas de juros ainda este ano, o ânimo foi contido após Neel Kashkari, presidente do Federal Reserve de Minneapolis, expressar que não prevê mais do que duas reduções em 2024.
Os analistas do ING, em comunicado aos clientes, argumentam que a desaceleração do mercado de trabalho, o crescimento lento da renda familiar, o esgotamento das economias acumuladas durante a pandemia e as taxas elevadas "resultarão em um consumo fraco por parte dos consumidores".
"Isso deve continuar a mitigar as pressões inflacionárias na economia", acrescentaram, projetando um primeiro corte na taxa de juros na reunião de junho do Comitê Federal de Mercado Aberto, responsável pela definição das taxas.
Uma série de resultados corporativos trimestrais abaixo do esperado deve trazer à tona os relatórios da Costco e da Kroger na quinta-feira.
A rede de varejo Costco, exclusiva para membros, tem se beneficiado de uma demanda crescente por alimentos a preços mais acessíveis por consumidores preocupados com o orçamento, em um período de inflação persistente e custos elevados de financiamento.
Em dezembro, a companhia, famosa por seus produtos em grande quantidade, relatou um aumento nas vendas de itens essenciais como alimentos frescos e mercadorias diversas. As categorias de produtos mais caros e opcionais, como eletrodomésticos e televisores, também demonstraram melhoria, segundo executivos da Costco.
A Kroger, por outro lado, revisou para baixo sua projeção de vendas anuais em novembro, parcialmente devido à estabilização dos preços dos alimentos e à diminuição do consumo. A cadeia de supermercados, com sede em Ohio, intensificou suas promoções para contrabalancear essas tendências, embora Gary Millerchip, diretor financeiro, tenha advertido que o crescimento do volume de vendas não "acelerou no ritmo esperado".
Os investidores também estarão atentos a quaisquer atualizações da Kroger sobre sua proposta de aquisição de 24,6 bilhões de dólares da concorrente Albertsons. As autoridades reguladoras do comércio nos EUA moveram uma ação judicial para impedir a transação, que seria a maior fusão de supermercados na história do país, sob a alegação de que a mesma é anticompetitiva.
2. Injeção de Capital no NYCB
O New York Community Bancorp (NYSE:NYCB) viu suas ações fecharem em alta, após uma sessão volátil na quarta-feira, com o anúncio de que o banco de médio porte assegurou uma injeção de capital de US$1 bilhão por parte de investidores.
Entre os participantes do aporte estão o Liberty Strategic Capital, fundado pelo ex-secretário do Tesouro dos EUA Steven Mnuchin, e os grupos Reverance Capital Partners e Citadel Global Equities.
Após uma queda de 45% e um subsequente aumento de 30% no decorrer do dia, as ações do NYCB encerraram com um ganho superior a 7%. O banco enfrentava pressões devido a perdas inesperadas no quarto trimestre e "fraquezas materiais" em seus controles financeiros.
3. Comércio exterior da China supera expectativas
O superávit comercial da China cresceu mais do que o esperado nos dois primeiros meses de 2024, impulsionado por alguma resiliência na demanda de exportação, enquanto as importações também foram impulsionadas por um aumento nos gastos com feriados.
A balança comercial da China no período de janeiro a fevereiro foi de US$ 125,16 bilhões, segundo dados oficiais divulgados na quinta-feira. A leitura foi mais alta do que as estimativas de um superávit de US$ 110,30 bilhões e acima da leitura de dezembro, que foi de US$ 75,34 bilhões.
As exportações aumentaram 7,1% em relação ao ano anterior durante o período, superando as expectativas de 1,9%. As importações aumentaram 3,5% em relação ao ano anterior no período de janeiro a fevereiro, acima das projeções de 1,5%.
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4. Preços do petróleo caem
Os preços do petróleo caíam no início da manhã desta quinta-feira, interrompendo uma recuperação recente, em meio à análise dos dados de demanda da China, o principal importador do produto.
Dados da Administração Geral de Alfândega da China mostraram que as importações de petróleo bruto no país aumentaram 5,1% nos dois primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As expectativas de cortes nas taxas de juros nos EUA haviam impulsionado os preços, mas comentários subsequentes do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, moderaram o otimismo.
Os contratos futuros do petróleo bruto Brent com vencimento em maio caíram 0,78%, para US$ 82,31 por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate caíram 0,76%, para US$ 78,53 por barril. Ambos os contratos subiram cerca de 1% cada na sessão anterior.
CONFIRA: Cotações das commodities
5. Balanço da Petrobras em foco
Analistas aguardam dados do quarto trimestre de 2023 da estatal de petróleo Petrobras (BVMF:PETR4), com balanço divulgado nesta quinta-feira, 07, após o fechamento do mercado. Analistas de grandes bancos esperam que a empresa reporte indicadores mais robustos na comparação trimestral, mas lucros reduzidos na comparação com o mesmo período do ano anterior, diante da retração do preço do petróleo.
“Os principais impulsionadores do desempenho trimestral mais forte são: maior produção, menores custos de exploração; e melhores resultados downstream”, destaca o BofA (NYSE:BAC). As projeções indicadas no InvestingPro são de um lucro por ação (LPA) de R$2,48, com receita estimada em R$133,2 bilhões.
As atenções estão voltadas para os dividendos, após falas do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que indicaram que a companhia teria cautela nesta frente, em meio às mudanças da em andamento para tornar a estatal não somente uma empresa de petróleo, mas de energia. Segundo Prates, “os acionistas vão entender”.
Às 7h56 (de Brasília), o ETF (NYSE:EWZ) perdia 0,42% no pré-mercado.
Os ADRs da Petrobras (NYSE:PBR) subiam 0,06%, a US$16,71.
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