Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 26 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Facebook preparado para o pior dia após projeção sombria
As ações do Facebook pareciam prontas para sofrerem seu pior dia após a gigante das redes sociais ter advertido que as margens de lucro cairiam por vários anos devido aos custos de melhorar as proteções de privacidade e à desaceleração do uso nos maiores mercados de publicidade.
Os investidores ficaram assustados após o comentário da empresa de que suas taxas de crescimento de receita poderiam diminuir em "dígitos simples altos" no terceiro e quarto trimestres. Também alertou que o crescimento das despesas provavelmente ultrapassaria o crescimento das receitas no próximo ano.
Ações do Facebook (NASDAQ:FB), que fecharam em máxima recorde na quarta-feira antes dos resultados, recuavam em torno de 18% para cerca de US$ 180,00 antes do pregão, perdendo quase US$ 120 bilhões em valor de mercado. Mais cedo, chegaram a cair 24%, ficando abaixo de US$ 170.
Se a queda de ações se mantiver, seria o maior declínio de um único dia do Facebook, superando uma queda de 12% em julho de 2012.
2. Resultados da Amazon em destaque
Investidores serão inundados com resultados corporativos já que 74 constituintes do S&P 500 devem divulgar os resultados hoje, com o McDonald’s (NYSE:MCD), Mastercard (NYSE:MA), Comcast (NASDAQ:CMCSA), American Airlines (NASDAQ:AAL), Southwest Airlines (NYSE:LUV), Celgene (NASDAQ:CELG), e Under Armour (NYSE:UA) apresentando seus balanços antes da abertura do mercado.
Mas o principal destaque do dia deverá ser a Amazon (NASDAQ:AMZN), que irá apresentar seus resultados após o fechamento.
De acordo com estimativas, o lucro por ação da Amazon deve totalizar US$ 2,47, enquanto as receitas devem totalizar US$ 53,37 bilhões.
O foco do investidor estará no desempenho da empresa em sua atividade Web Services, que, segundo analistas, será um grande impulso para a lucratividade da empresa no futuro.
Acompanhando os resultados da Amazon após o fechamento, serão apresentados os balanços de Intel (NASDAQ:INTC), Starbucks (NASDAQ:SBUX), Electronic Arts (NASDAQ:EA), Western Digital (NASDAQ:WDC), Expedia (NASDAQ:EXPE), Lam Research (NASDAQ:LRCX), Amgen (NASDAQ:AMGN), Chipotle Mexican Grill (NYSE:CMG).
3. Guerra comercial entre EUA e União Europeia evitada... por enquanto
O presidente Donald Trump declarou que os Estados Unidos e a União Europeia deram início a uma "nova fase" em seu relacionamento após a reunião com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na quarta-feira.
Os líderes se comprometeram a expandir as importações europeias de gás natural liquefeito e de soja, além de ambos os lados terem prometido baixar as tarifas industriais.
Eles também concordaram em abster-se de impor tarifas sobre carros enquanto os dois lados dão início a negociações para cortar outras barreiras comerciais, bem como reexaminar as tarifas de aço e alumínio dos EUA e as sobretaxas de retaliação impostos pela União Europeia "no devido tempo".
Trump, em um post no meio da noite no Twitter na quarta-feira, elogiou o acordo, dizendo que era "um grande dia para o comércio livre e justo".
Os comentários otimistas ajudaram a aliviar alguns dos temores de uma guerra comercial transatlântica.
4. Futuros da Nasdaq caem
A Nasdaq, com forte presença do setor de tecnologia, estava preparada para um grande dia de baixa, com investidores fugindo do setor seguindo uma orientação alarmante e sombria do Facebook.
Às 6h40, os futuros da Nasdaq caíam 62 pontos, ou 0,8%.
As grandes empresas de tecnologia FANG estavam em baixa em sintonia com o Facebook. Amazon tinha perdas de 1,5% antes do pregão, Netflix (NASDAQ:NFLX) recuava cerca de 2%, ao passo que a Alphabet (NASDAQ:GOOGL), matriz do Google, caía 1,5%.
Twitter (NYSE:TWTR) e Snap (NYSE:SNAP), concorrentes do Facebook, também estavam em baixa, ambos com perdas em torno de 3%.
Entretanto, o mercado mais amplo parecia estar em posição mais sólida nesta quinta-feira.
O índice blue chip futuros do Dow subia 35 pontos, ou 0,1%, ao passo que os futuros do S&P 500 recuavam 4 pontos, ou 0,1%.
Do outro lado do Atlântico, os mercados europeus estavam em alta, com quase todos os setores em território positivo. O DAX alemão era o mercado de melhor desempenho, em alta de 1,3%, uma vez que automóveis e recursos básicos - que são mais sensíveis às manchetes dos negócios - eram os setores que lideravam os ganhos.
Mais cedo, os mercados asiáticos avançaram, mas a fraqueza nos mercados da China ressaltou preocupações persistentes sobre as perspectivas de crescimento global.
5. Dólar avança na frente dos dados sobre bens duráveis
Saindo do mercado de capitais, o dólar norte-americano estava em leve alta, já que investidores esperam o mais recente lote de dados econômicos dos EUA na busca de indicações adicionais sobre quando e com que rapidez o Federal Reserve elevará as taxas de juros.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,1% para 94,10.
Enquanto isso, no mercado de títulos, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA estavam mais baixos, o que faz com que os rendimentos subam; o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos avançava para cerca de 2,97%, ao passo que o rendimento do título com vencimento em 2 anos, sensível ao Fed, se aproximava de 2,67%.
Os dados econômicos a serem divulgados nesta quinta-feira incluem o relatório de junho sobre os pedidos de bens duráveis, que devem subir 3,0% em relação ao mês anterior.
O relatório semanal sobre os pedidos iniciais de seguro-desemprego também está previsto para hoje, bem como os estoques de atacados em junho e o índice da atividade industrial do Fed de Kansas City em julho.
Além dos dados dos EUA, o foco imediato do mercado de câmbio estará na decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que ocorre às 08h45.
Com a expectativa de que o BCE mantinha a política monetária como está, investidores vão estudar os comentários do presidente da instituição, Mario Draghi, na busca de quaisquer referências ao ritmo da normalização das políticas.
O euro estava em ligeira baixa frente ao dólar, com o par EUR/USD cotado a 1,1710.