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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Publicado 19.03.2020, 08:48
© Reuters.
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Por Geoffrey Smith

Investing.com - O governo dos EUA, o Federal Reserve e o Banco Central Europeu lançam novas medidas de suporte à economia, mas os mercados devem abrir em baixa, se antecipando à próxima recessão. 

Os números do pedido inicial de seguro-desemprego nos EUA da semana passada podem lançar luz sobre o impacto da disseminação do coronavírus em paralisações de fábricas e serviços nos EUA.

As negociações na Bolsa de Valores de Nova York vão deixar de ser presenciais devido ao fechamento do prédio em que está instalada em Wall Street. As operações serão exclusivamente eletrônicas. 

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quinta-feira, 19 de março.

1. Senado aprova estímulo de US$ 500 bilhões; Fed reforça fundos do mercado monetário

O Senado dos EUA aprovou, sem alterações, o pacote de estímulos e medidas de emergências de US$ 500 bilhões da Câmara dos Representantes para apoiar a economia dos EUA. O pacote de estímulos é a mais recente de uma lista crescente de ações globais para conter danos em uma economia que está entrando em recessão devido à pandemia de coronavírus.

O projeto, rejeitado pela administração Trump e pelos republicanos do Senado na semana passada por ser considerado uma "lista de desejos progressistas", inclui provisões para licença-médica paga e testes gratuitos para o vírus.

Agora, as atenções estão voltadas para o próximo passo do governo, cujos relatórios apontam um pacote de ajuda de US$ 50 bilhões para o setor de companhias aéreas e outros US$ 500 bilhões em pagamentos diretos às famílias com o objetivo de manter a renda das famílias americanas sob perspectiva de queda.

Além disso, o Federal Reserve anunciou uma nova linha de empréstimos com o objetivo de aliviar o estresse no setor de fundos do mercado monetário, que foi abalado por um aumento nos resgates.

2. BCE lança programa de compra de ativos sob crescente risco de ruptura da zona do euro

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou seu maior pacote anti-crise de todos os tempos, com o objetivo de reduzir pela raiz as crescentes dúvidas sobre sua disposição de apoiar os Estados membros mais fracos da união monetária.

O BCE disse que acrescentaria outros 750 bilhões de euros (US$ 820 bilhões) em compra de títulos do governo e do setor privado e iria retirar limites auto impostos anteriormente que o impediam de concentrar seu poder nos países que enfrentam o maior estresse monetário.

Os spreads de títulos gregos e italianos, que aumentaram desde a gafe de comunicação da presidente da instituição, Christine Lagarde, na conferência de imprensa da semana passada, diminuíram bastante, mas o aumento da confiança foi menos evidente no mercado acionário, com apenas Itália e Espanha entre os maiores mercados registrando ganhos.

3. Outro dia negativo para o mercado acionário; dólar sobe

As ações dos EUA devem abrir mais uma vez em baixa na quinta-feira, com o aumento das restrições de circulação de pessoas nos EUA e na Europa impactando negativamente na economia. Os investidores já concentram suas mentes nas profundezas da próxima recessão.

Às 8h50 (horário de Brasília), o contrato futuro do Dow Jones 30 caía 418 pontos, ou 2,11%, enquanto o contrato futuro do S&P 500 perdia 2% e o contrato Nasdaq 100 cedia 1,07%.

A direção das ações europeias foi variada, enquanto o mercado chinês e outros asiáticos terminaram em baixa durante a madrugada.

O aperto global do dólar continuou, elevando o índice dólar ao nível mais alto desde janeiro de 2017, subindo 1% em relação ao franco suíço depois que o Banco Nacional Suíço sinalizou que intensificaria intervenções no mercado de câmbio para impedir a valorização do franco. 

O dólar também registrou ganhos extraordinários contra moedas emergentes, da Indonésia ao México. O dólar também atingiu uma máxima de cinco meses em relação ao iuan chinês, de 7,1496. A coroa norueguesa sofreu sua pior queda diária em meio século, em meio ao colapso dos preços do petróleo.

4. Pedidos iniciais de seguro-desemprego entre os indicadores do dia

Enquanto a maioria dos indicadores econômicos passa despercebida, os mercados estarão prestando atenção ao pedido inicial de seguro-desemprego nos EUA às 09h30.

Dada a sua pontualidade, os números serão os primeiros dados concretos a mostrar o impacto real da desaceleração da atividade no mercado de trabalho.

Em outros lugares, a confiança das empresas alemãs, medida pelo índice Ifo, registrou o maior declínio mensal já registrado.

5. Liquidez atingida por mercados estressados

As preocupações com a liquidez nos mercados globais continuam a crescer à medida que as bolsas de valores restringem as operações e os negociadores de bancos se dispersam de suas cavernosas salas de negociação para trabalhar em casa.

A Bolsa de Valores de Nova York decidiu fechar seu pregão depois que dois funcionários testaram positivo, embora as negociações eletrônicas, que representam a grande maioria do volume de negócios, continuem normalmente.

Em Londres, espera-se que medidas de bloqueio cada vez mais rígidas atinjam a liquidez nos mercados europeus e no mercado global de câmbio.

As proibições de venda a descoberto em vários mercados, como França, Itália e Espanha, continuam em vigor, reduzindo ainda mais a liquidez das ações europeias.

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