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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Publicado 05.08.2021, 06:34
Atualizado 05.08.2021, 09:24
© Reuters

Por Geoffrey Smith e Ana Julia Mezzadri

Investing.com - O mercado vai repercutir o aumento de um ponto percentual na Selic pelo Copom, para 5,25%, com um novo aumento de mesma magnitude contratado para a próxima reunião. A temporada de balanços e os ruídos políticos no Brasil também seguem no radar.

Os EUA se preparam para receber viajantes estrangeiros totalmente vacinados, enquanto a China aperta as restrições de viagens para combater seu mais recente surto de Covid-19.

O influente membro do Federal Reseve (Fed), Richard Clarida, gera um debate acirrado antes da divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 5 de agosto.

CONFIRA: Calendário Econômico completo do Investing.com

1. Selic, Petrobras e Bolsonaro contra STF/TSE

O grande foco hoje está sobre a decisão do Copom, publicada na noite de quarta-feira, de aumentar a taxa Selic em um ponto percentual, conforme consenso do mercado, de 4,25% para para 5,25%. O Banco Central também já sinalizou outro aumento de um ponto ou maior – dependendo da evolução dos dados econômicos - para a próxima reunião, citando a inflação acelerada.

O mercado também irá observar as ações da Petrobras (SA:PETR4) depois que a empresa reportou lucro 68% acima das projeções para o segundo trimestre. Após o fechamento do mercado, Hering (SA:HGTX3), Eneva (SA:ENEV3) e Engie (SA:EGIE3) irão divulgar seus balanços.

CONFIRA: Calendário de Balanços do Investing.com

Os ruídos políticos também seguem no radar. Desta vez, destaque para os atritos entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o STF, conforme o presidente segue acusando as eleições de fraudáveis e exigindo a adoção de voto impresso. No último desenvolvimento, o STF aceitou notícia-crime do TSE para investigar Bolsonaro no inquérito das fake news.

2. Covid-19: flexibilização nos EUA e restrições na China

Os EUA parecem prontos para uma reabertura gradual para visitantes internacionais, exigindo que todos os viajantes estrangeiros sejam totalmente vacinados antes de serem autorizados a entrar.

O país viu um aumento nos casos de Covid-19, principalmente entre os não-vacinados, em meio à disseminação da variante delta. A Flórida está no centro do último surto, com o estado registrando 11.515 hospitalizações na terça-feira, quebrando o recorde do ano passado pelo terceiro dia consecutivo e acima de apenas 1.000 hospitalizações em meados de junho.

Na China, o governo apertou as restrições de viagens para tentar reduzir o pior surto de Covid-19 do país em meses, cancelando alguns voos domésticos e suspendendo várias linhas ferroviárias.

Por outro lado, o Reino Unido anunciou na quinta-feira que os passageiros totalmente vacinados que retornam da França não precisarão mais ficar em quarentena depois de domingo, ajudando a impulsionar a indústria de viagens, que foi duramente atingida pela pandemia.

CONFIRA: Cotação dos principais índices globais

3. Clarida do Fed acirra o debate e Banco da Inglaterra

Richard Clarida gerou mais debate sobre quando o Federal Reserve começará a reinar em seu extraordinário estímulo monetário, dizendo na quarta-feira que ele seria a favor de o Fed fazer um anúncio no final deste ano de que começará a reduzir suas compras de títulos.

Ele também observou que as “condições necessárias para elevar o intervalo da meta para a taxa de fundos federais terão sido atendidas até o final do ano de 2022”.

Clarida, vista como um dos membros mais influentes do Federal Open Market Committee (Fomc, na sigla em inglês), teve o cuidado de acrescentar que o crescimento deve permanecer forte para que essas avaliações permaneçam válidas.

Com isso em mente, os investidores ficarão de olho na divulgação dos dados semanais dos pedidos iniciais por seguro-desemprego, às 9h30, um dia antes do importantíssimo dado das {{ecl -227||folhas de pagamento não agrícolas}}, conhecido como payroll.

Na véspera, o processador de folhas de pagamento ADP relatou que as empresas criaram muito menos empregos do que o esperado em julho, mas os dados de solicitações de benefícios devem mostrar uma melhora gradual, com 384.000 pessoas em busca pelo auxílio, ante 400.000 na semana passada.

CONFIRA: Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve

4. Futuros de NY em alta; Uber, Roku e Etsy sob pressão

Os índices futuros de Nova York devem abrir em alta, impulsionados com os recentes lucros corporativos e dados econômicos fortes.

Às 8h49, Dow Jones futuros, S&P 500 futuros e Nasdaq 100 futuros avançavam respectivamente 0,17%, 0,23% e 0,27%.

A Uber (NYSE:UBER) (SA:U1BE34) estará no centro das atenções, com as ações da empresa de carona caindo no pré-mercado, depois de divulgar perdas crescentes após o aumento do pagamento aos motoristas para buscar seu retorno à sua plataforma.

As ações da Roku (NASDAQ:ROKU) (SA:R1KU34) também despencaram após revelar uma queda dramática no fluxo de espectadores, enquanto as ações da Etsy (NASDAQ:ETSY) recuaram drasticamente no pré-mercado depois que a empresa de e-commerce forneceu previsões para o terceiro trimestre que sugeriam uma desaceleração nas vendas.

As ações da Robinhood (NASDAQ:{1175355|HOOD}}) também devem ter negociações voláteis depois de subir mais de 50% na quarta-feira.

5. Preços do petróleo voláteis

Os preços do petróleo chegaram a subir nesta quinta-feira, mas voltaram a cair. A pressão altista é exercida pelo aumento das tensões no Oriente Médio, enquanto o risco da desaceleração econômica na China e aumento de estoques nos EUA puxam os preços para baixo.

No Oriente Médio, aviões israelenses dispararam mísseis contra o que militares do país disseram ser locais de lançamento de foguetes no sul do Líbano na manhã de quinta-feira, um dia após a apreensão temporária do Asphalt Princess, um navio-tanque com bandeira dos Emirados Árabes Unidos, no Golfo de Omã por iranianos.

Mas a China apertou as restrições de viagens (veja acima) para tentar conter seu último surto de Covid-19, aumentando as preocupações de que o consumo de combustível será atingido no segundo maior consumidor do mundo.

Além disso, dados de abastecimento de petróleo bruto dos EUA do governo na quarta-feira mostraram um aumento de 3,64 milhões de barris na semana passada, algo surpreendente depois que o privado Instituto Americano de Petróleo relatou uma queda de 879.000 barris na terça-feira.

Por volta das 8h55, os contratos futuros do petróleo WTI caíam 0,29%, a US$ 67,97 o barril, enquanto os futuros do petróleo Brent recuavam 0,18%, a US$ 70,24 o barril. Ambos os contratos perdera

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