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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Publicado 29.01.2024, 07:36
© Reuters
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Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com – Os principais índices futuros das ações norte-americanas operavam sem direção única na segunda-feira, 29, com os mercados se preparando para uma semana movimentada de grandes resultados corporativos e anúncios de decisões de bancos centrais. A Apple, a Amazon e a Microsoft estão entre as gigantes da tecnologia que devem divulgar seus balanços nesta semana, enquanto o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) revelará sua mais recente decisão política e fará comentários que poderão ajudar a determinar o caminho a ser seguido pelas taxas de juros no país. A Evergrande recebeu ordem de liquidação na China, iniciando um novo e possivelmente longo capítulo para a incorporadora imobiliária altamente endividada. No Brasil, a política monetária estará em foco nesta semana.

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1. Resultados trimestrais de gigantes corporativas movem o mercado

Uma série de empresas de grande porte e relevância para o mercado divulgará seus resultados trimestrais nesta semana, entre elas muitas das chamadas "Sete Magníficas" - ações que lideraram a recente alta do mercado acionário dos EUA.

Na terça-feira, a Microsoft divulgará seu balanço após o fechamento do mercado, poucos dias depois de a gigante da tecnologia atingir a marca de US$3 trilhões em valor de mercado. A Alphabet (NASDAQ:GOOGL), dona do Google, que assim como a Microsoft (NASDAQ:MSFT) tem se destacado no segmento de inteligência artificial, também apresentará seus dados financeiros mais recentes após o encerramento das negociações.

Na quarta-feira, será a vez da Qualcomm (NASDAQ:QCOM), fabricante de chips que tem uma posição estratégica no setor de semicondutores. Os investidores estarão atentos às projeções do grupo com sede em San Diego para o próximo ano em relação à produção de chips. Também na quarta-feira, a Boeing (NYSE:BA), fabricante de aviões que enfrenta uma série de problemas, divulgará seus números trimestrais. A empresa foi alvo de novas investigações após uma explosão em um de seus modelos 737 Max 9 em voo no início deste mês. Outra empresa que apresentará seu balanço na quarta-feira é a Novo Nordisk (NYSE:NVO), farmacêutica dinamarquesa responsável pelo popular medicamento para perda de peso Wegovy.

Na quinta-feira, mais empresas de tecnologia entrarão em cena, incluindo a Apple (NASDAQ:AAPL), fabricante do iPhone, a gigante do e-commerce Amazon (NASDAQ:AMZN) e a Meta Platforms (NASDAQ:META), dona do Facebook.

Os contratos futuros das ações dos EUA tiveram pouca variação na segunda-feira, com os investidores se preparando para uma semana de importantes resultados corporativos e decisões do banco central.

Às 7h55 (de Brasília), o contrato Dow futuros recuava 0,08%, o S&P 500 futuros ficava estável e o Nasdaq 100 futuros avançava 0,1%.

O bom desempenho das principais médias de Wall Street no início do ano provavelmente será testado nos próximos dias. Os investidores analisarão os balanços de algumas das maiores empresas dos EUA e acompanharão os comentários do Federal Reserve, que podem ajudar a esclarecer as perspectivas para a economia.

O S&P 500 recuou 0,1% na sexta-feira, mantendo-se próximo dos recordes históricos, um movimento que reflete as expectativas do mercado de que a inflação possa estar diminuindo sem comprometer o crescimento - um cenário conhecido como "pouso suave". O índice de tecnologia Nasdaq Composto também recuou 0,4% na semana passada, enquanto o índice de 30 ações Dow Jones Industrial Average subiu 0,2%.

LEIA MAIS: ‘Pouso suave’: EUA estariam em soft landing?

2. Decisão do Fed em foco

Os mercados também estarão atentos ao Federal Reserve, o banco central mais poderoso do mundo, que realizará sua reunião de política monetária de dois dias.

As autoridades do Fed devem manter as taxas de juros em níveis historicamente baixos após a reunião de quarta-feira, com atenção especial aos comentários sobre as expectativas para os custos de empréstimos no curto prazo.

Em dezembro, o Fed indicou que poderia elevar as taxas seis vezes este ano, alimentando as esperanças de um aumento já em março. No entanto, vários membros do Fed têm se esforçado para moderar essas expectativas, sinalizando que ainda há preocupações de que um aperto rápido das condições financeiras poderia reaquecer as pressões inflacionárias.

A estimativa antecipada do crescimento do quarto trimestre dos EUA mais forte do que o esperado na semana passada também reforçou o argumento de que o Fed deve adiar a redução dos juros. Enquanto isso, os economistas esperam que os dados do mercado de trabalho (payroll) de janeiro, na sexta-feira, confirme a robustez do emprego nos EUA.

A forma como o Fed vê os aumentos de preços e a evolução da atividade econômica em 2024 provavelmente influenciará as apostas sobre o momento do primeiro corte. De acordo com o Monitor de Juros do Fed, do Investing.com, há uma chance de quase 50% de que o banco realize o corte em maio.

3. Evergrande entra em liquidação após fracasso em acordo com credores

Um tribunal de Hong Kong determinou a liquidação da China Evergrande (HK:3333), a maior incorporadora imobiliária do mundo em dívida, que não conseguiu fechar um acordo de reestruturação com seus credores.

O grupo, que acumula mais de US$ 300 bilhões em passivos, vinha negociando o acordo há mais de dois anos, em meio a vencimentos de títulos e processos judiciais.

A juíza Linda Chan nomeou, na segunda-feira, a consultoria Alvarez & Marsal para liquidar a Evergrande, alegando que a medida trará mais segurança aos credores. "É hora de o tribunal dar um basta", disse Chan, segundo a Reuters.

O CEO da Evergrande, Siu Shawn, afirmou à imprensa chinesa que a decisão não afetará as operações de suas subsidiárias na China e no exterior. Porém, analistas alertaram que o processo de liquidação pode ser complexo e demorado, além de abalar o ânimo já fraco em relação ao mercado imobiliário chinês.

As ações da Evergrande (OTC:EGRNY) despencaram quase 21% após o anúncio.

CONFIRA: Calendário da temporada de balanços

4. Petróleo oscila com tensão no Oriente Médio

Os preços do petróleo oscilaram na segunda-feira, com os investidores receosos com o risco de cortes no fornecimento no Oriente Médio, após um ataque de drones contra tropas dos EUA na Jordânia no fim de semana.

Às 7h56, o petróleo dos EUA recuava 0,04%, a US$77,98 o barril, enquanto o Brent caía 0,06%, para US$82,90 o barril. Ambos os contratos haviam avançado no início do dia.

O ataque, que o presidente dos EUA, Joe Biden, atribuiu a militantes respaldados pelo Irã, matou três soldados americanos. Foi o primeiro ataque fatal contra as forças dos EUA desde o começo do conflito entre Israel e Hamas.

O Irã negou participação no ataque, mas isso aumenta as preocupações sobre um embate mais grave entre os dois países, que pode gerar interrupções no abastecimento de energia na região petrolífera do Oriente Médio.

CONFIRA: Cotações das commodities

5. Reunião do Copom nesta semana

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia amanhã a reunião de dois dias para definir o patamar da taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic. A expectativa consensual é de um novo corte de meio ponto, levando os juros para 11,25%.

“O comitê deverá manter o plural (próximas reuniões), destacando ao mesmo tempo a incerteza fiscal e a intensificação dos riscos geopolíticos para justificar a manutenção do ritmo”, espera o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA).

Segundo o BofA, é preciso atenção para sinais vindos dos novos conselheiros Paulo Picchetti e Rodrigo Alves. “A política monetária continua contracionista (mesmo com corte para 11,25%, taxas de juro reais ex-ante ainda perto de 7,5%) e bastante longe dos 4,5% que o Banco Central entende como neutros”, completa o BofA.

Às 7h55 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,30% no pré-mercado.

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