Por Scott Kanowsky e Marianne Paim
Investing.com -- As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) ficaram estáveis nas negociações do pré-mercado nesta sexta-feira (8), após uma queda de dois dias após notícias de que a China está proibindo funcionários do governo de não usarem aparelhos iPhone durante o trabalho. Além disso, mais dois formuladores de políticas do Federal Reserve sugeriram que o banco central pode deixar de aumentar as taxas de juros em sua reunião de setembro.
No Brasil, a reforma ministerial continua movimentando o Congresso Nacional. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão indicados para assumir, respectivamente, os ministérios do Esporte e Portos e Aeroportos.
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1. Futuros da Nasdaq caem após queda impulsionada pela Apple
Os futuros das ações dos EUA apontaram para baixo na sexta-feira, com os investidores avaliando uma queda acentuada nas ações da Apple esta semana e ponderando a possibilidade de mais aumentos na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) este ano.
Às 7h52 (de Brasília) o contrato Dow futuros perdia 0,09%, o S&P 500 futuros perdia 0,08%, e o Nasdaq 100 futuros perdia 0,15%.
As atenções se voltaram amplamente para uma reportagem do Wall Street Journal, segundo o qual as autoridades do governo central da China receberam ordens de não usar o iPhone e outros dispositivos móveis de marcas estrangeiras para trabalhar, o que os investidores consideraram como um possível sinal de que Pequim pode estar disposta a deixar de lado as empresas de tecnologia americanas em favor de suas contrapartes chinesas. Uma matéria separada do Financial Times disse que os funcionários públicos em toda a China também foram instruídos a parar de usar iPhones.
As ações da Apple, que depende da China para quase um quinto de sua receita total e deve revelar o modelo mais recente de seu mega popular iPhone na próxima sexta-feira (15 de setembro), caíram pelo segundo dia consecutivo, arrastando o Nasdaq Composite de alta tecnologia para uma queda de 0,9%.
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2. Apple se estabiliza no pré-mercado após dois dias de queda
As ações da Apple mantiveram-se perto da estabilidade nas negociações pré-mercado dos EUA na sexta-feira, após uma queda de cerca de 6% nas duas últimas sessões, que já eliminou cerca de US$ 200 bilhões em valor de mercado da companhia.
As perdas tiveram um impacto generalizado na Ásia, especialmente nos fornecedores regionais da Apple. A SK Hynix da Coreia do Sul (KS:000660), que fornece chips de memória para a Apple, caiu 4,1%, enquanto a Samsung Electronics (KS:005930), fornecedora de telas para telefones, caiu 0,1%.
A TSMC (TW:2330), de Taiwan, caiu 0,7%, enquanto a fabricante de telas Japan Display (TYO:6740) teve queda de 2,5%. Na China, a Luxshare Precision Industry (SZ:002475), uma fonte de cabos conectores para uma série de dispositivos da Apple, caiu 3,2%.
O fornecedor listado em Hong Kong, AAC Technologies (HK:2018), fabricante dos fones de ouvido AirPods da Apple, caiu quase 6% esta semana, embora a ação não tenha sido negociada na sexta-feira devido a uma suspensão comercial mais ampla em Hong Kong.
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3. Autoridades do Fed apoiam pausa nas taxas
Na quinta-feira, as principais autoridades do comitê de definição de política monetária do Fed deram demonstrações de apoio à manutenção das taxas de juros na próxima reunião do banco central, no final deste mês.
Falando em um evento da Bloomberg, John Williams, presidente do Fed de Nova York e membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), sugeriu que as taxas estão atualmente "em um bom lugar". Williams acrescentou, no entanto, que é uma "questão em aberto à medida que avançamos" se o Fed precisaria continuar a apertar a política para ajudar a desacelerar a economia a ponto de esfriar a inflação para sua meta de 2%.
Além disso, a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, considerada uma das mais hawkish entre os votantes do Fomc, disse que seria "apropriado" manter a taxa básica de juros dos fundos federais em um máximo de 22 anos, de 5,25% a 5,50%, este mês.
O Governador do Fed, Christopher Waller, também apoiou uma pausa na taxa no início desta semana, dizendo à CNBC que os dados econômicos recentes dos EUA não indicavam que os formuladores de políticas precisavam tomar medidas "iminentes".
Os comentários foram alguns dos últimos que os investidores ouvirão das autoridades do Fed antes de um período habitual de silêncio que antecede a reunião de dois dias marcada para 19 e 20 de setembro.
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4. Petróleo reverte perdas
Os preços do petróleo subiram na sexta-feira, reduzindo as perdas da véspera, apesar das preocupações persistentes sobre a saúde da economia chinesa, que é crucial, e de um dólar mais forte.
Ambos os índices de referência estão em curso para ganhos semanais de cerca de 2%, uma recuperação que tem sido amplamente impulsionada por notícias de que os principais produtores, Arábia Saudita e Rússia, estenderam seus cortes voluntários de fornecimento até o final do ano.
Além disso, dados divulgados no final da quinta-feira mostraram que os estoques dos EUA diminuíram em 6,3 milhões de barris na semana até 1º de setembro, caindo pela quarta semana consecutiva.
Às 7h55 ( de Brasília) Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, subia 0,49%, a US$87,31, e o Petróleo Brent Futuros ganhava 0,56% a US$90,47.
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