Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 04.06.2025, 07:27
© Reuters.

Investing.com – Os índices futuros das bolsas dos EUA registravam leve alta nesta quarta-feira, com as atenções voltadas à possibilidade de negociações comerciais de alto nível entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais, especialmente a China. A Casa Branca estabeleceu a data de hoje como prazo para que os países apresentem suas melhores propostas para um acordo.

Enquanto isso, o presidente norte-americano Donald Trump cumpriu a ameaça feita na semana passada, ao elevar novamente as tarifas sobre aço e alumínio. A postura agressiva do mandatário em relação ao comércio exterior pode influenciar tanto os dados do emprego privado quanto os resultados da varejista de baixo custo.

No Brasil, teremos a divulgação de dados da pesquisa mensal da S&P Global com gerentes de compras para o mês de maio, com destaque para o setor de serviços.

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1. Futuros norte-americanos sobem

Os índices futuros das ações dos Estados Unidos operavam com leve alta nesta quarta-feira, refletindo o compasso de espera dos investidores diante da nova rodada de tarifas sobre metais e da possibilidade de reabertura do diálogo entre Washington e seus principais parceiros comerciais.

Às 7 h de Brasília, o Dow Jones subia 70 pontos (0,17%), enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 avançavam 12 pontos (0,20%) e 32 pontos (0,15%), respectivamente, antes da abertura dos mercados à vista.

Na véspera, os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão em alta, com destaque para o desempenho das ações de semicondutores, sustentadas pela expectativa de avanços diplomáticos nas negociações comerciais dos EUA com outras economias.

Segundo a Casa Branca, o presidente Donald Trump deve conversar nesta semana com o presidente chinês Xi Jinping, poucos dias após acusar Pequim de descumprir um pacto anterior que previa a suspensão de tarifas retaliatórias. A China contestou as declarações. Em publicação na plataforma Truth Social, Trump descreveu Xi como “muito rígido” e “extremamente difícil de negociar”.

Em relatório a clientes, estrategistas do ING afirmaram que “os mercados podem estar levemente mais confiantes quanto à evolução das tensões entre EUA e China antes do telefonema previsto entre Trump e Xi”. Eles observaram que contatos diretos anteriores ajudaram a reduzir pressões comerciais.

2. Tarifas sobre metais entram em vigor

Reportagens da imprensa norte-americana indicam que autoridades do governo Trump estabeleceram até esta quarta-feira como prazo para que os países afetados apresentem contrapropostas sobre as tarifas recíprocas aplicadas pelos Estados Unidos.

A moratória sobre as sobretaxas, anunciadas inicialmente em um evento no “Dia da Libertação” em abril, expira no começo de julho.

Apesar de sinalizações de abertura para o diálogo, Trump decidiu manter sua ofensiva tarifária. Em decreto assinado na noite de terça-feira, a alíquota sobre aço e alumínio importados foi elevada para 50%, dobrando o percentual anterior.

A medida, que entra em vigor nesta quarta, representa a formalização de uma ameaça feita na semana passada. Na proclamação publicada no site oficial da Casa Branca, Trump justificou a decisão como necessária para proteger a segurança nacional.

Segundo ele, a nova tarifa visa conter práticas de dumping e fortalecer a competitividade da indústria siderúrgica doméstica. Produtos derivados desses metais também serão alcançados pelos novos tributos.

3. Mercado monitora relatório de emprego ADP

Nesta quarta, os investidores devem acompanhar os dados da folha de pagamento do setor privado, em busca de pistas sobre os impactos da política tarifária no mercado de trabalho.

Analistas esperam que o relatório ADP mostre a criação de 111 mil postos de trabalho em maio, após uma leitura de apenas 62 mil em abril — desempenho que, segundo a própria ADP, refletiu a dificuldade das empresas em tomar decisões de contratação em um cenário marcado por incertezas políticas e sinais econômicos mistos.

A instituição ressaltou que, em ambientes instáveis, as companhias tendem a ser mais cautelosas ao expandir suas equipes.

Dados separados divulgados na terça-feira pelo Departamento do Trabalho apontaram aumento no número de vagas abertas em abril, mas também um crescimento nas demissões, o que pode sugerir moderação no ritmo de contratação.

Esses números antecedem a divulgação, na sexta-feira, do relatório oficial de empregos fora do setor agrícola (payroll), um dos principais termômetros do mercado de trabalho nos EUA.

4. Petróleo em alta

Os contratos futuros de petróleo operavam em alta, após a recente valorização decorrente da combinação de fatores geopolíticos e decisões da Opep+.

No momento da redação, os contratos do Brent eram negociados a US$ 65,92 por barril, alta de 0,44%, enquanto o WTI avançava 0,46%, a US$ 63,68 por barril.

Na terça-feira, ambos os benchmarks avançaram cerca de 2%, atingindo o maior nível em duas semanas. Contribuíram para esse movimento as preocupações com interrupções na oferta provocadas por incêndios florestais no Canadá e a expectativa de que o Irã rejeite um novo acordo nuclear proposto pelos EUA, o que manteria vigentes as sanções contra o país persa.

Além disso, a Opep+ decidiu manter o ritmo de aumento de produção em julho em 411 mil barris por dia, número inferior ao estimado por parte do mercado.

5. PMIs no Brasil

O mercado local ficará atento hoje à divulgação de dados sobre a atividade no setor privado, com destaque para serviços, na pesquisa mensal realizada pela S&P Global com gerentes de compras em maio.

Em abril, a atividade do setor de serviços no Brasil voltou a encolher, após dois meses de expansão, refletindo a fraqueza da demanda interna, segundo o PMI da S&P Global, que recuou para 48,9.

A queda na entrada de novos negócios registrada no último levantamento, somada à pressão da concorrência, restrições financeiras e inflação persistente — especialmente com custos elevados de alimentos, combustíveis e aluguéis — impactou negativamente a produção e reduziu o ritmo de contratações. Ainda que os aumentos de preços tenham desacelerado, os repasses aos consumidores continuaram.

Apesar do ambiente adverso, a confiança no setor melhorou ligeiramente, com expectativas mais favoráveis para a demanda e a inflação. O PMI Composto também cedeu, apontando leve retração da economia como um todo.

No cenário político, a disposição demonstrada ontem pelo presidente Lula, durante uma coletiva de imprensa, em encontrar soluções estruturais para a alta do imposto sobre operações financeiras (IOF), em consonância com o Congresso, repercutiu bem nos ativos brasileiros, com o dólar fechando em baixa de 0,65%, aos R$5,6373, e o Ibovespa avançando 0,56%, a 137.546,26 pontos.

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