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Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quinta-feira

Publicado 22.08.2024, 08:02
© Reuters
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Wall Street aguarda a divulgação de mais dados macroeconômicos do mercado de trabalho nos EUA, um discurso da vice-presidente Kamala Harris e, talvez o mais importante, o início do simpósio de banqueiros centrais em Jackson Hole na sexta-feira. No Brasil, destaque para número de pedidos de registros de bets acima do previsto.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Jackson Hole em foco

Os banqueiros centrais estão começando a se reunir em Jackson Hole, Wyoming, antes do início do simpósio anual. O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, será o destaque, já que os investidores buscam pistas sobre as intenções do banco central no próximo mês com relação à política monetária.

Novos sinais de fraqueza no mercado de trabalho dos EUA reforçaram os argumentos a favor dos cortes nas taxas de juros, especialmente porque vários diretores do Fed no mês passado pareciam estar dispostos a reduzir os custos dos empréstimos na última reunião, no final de julho.

"O equilíbrio dos riscos mudou, de modo que o debate sobre a possibilidade de cortar as taxas em setembro é apropriado", disse o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, em uma entrevista recente ao WSJ.

Os investidores agora precificam uma probabilidade de 38% de um corte de 50 pontos-base na reunião do Fed de 17 e 18 de setembro, acima dos 33% do dia anterior, e uma chance de 62% de uma redução de 25 pontos-base, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group (NASDAQ:CME).

"Como a decisão do Fed sobre o ritmo dos cortes nas taxas depende dos dados, será difícil para Powell se comprometer previamente com uma trajetória específica em Jackson Hole", segundo analistas do Deutsche Bank, em uma nota.

"No entanto, seus comentários podem apontar para alguns temas. Primeiro, há um forte argumento básico para um corte em setembro. Segundo, com os riscos de queda no mercado de trabalho, é provável que os cortes nas taxas sejam mais rápidos do que um ritmo trimestral. Em terceiro lugar, com os cortes nas taxas sendo enquadrados como uma redução da restrição, não está claro se as taxas cairão bem abaixo do ponto neutro. Quarto, com (...) riscos políticos evidentes após a eleição, os cortes nas taxas além dos primeiros 75-125 bps são mais incertos."

Os futuros das ações dos EUA subiam na quinta-feira, com os investidores na expectativa de mais dados do mercado de trabalho e ao principal discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira.

Às 7h57 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,09% mais alto, enquanto S&P 500 futuros subia 0,13% e Nasdaq 100 futuros ganhava 0,22%.

Os índices de referência de Wall Street fecharam com mais ganhos na quarta-feira, somando-se à recente recuperação, com o mercado amplo S&P 500 index subindo 0,4%, o Nasdaq Composto, de alta tecnologia, ganhando 0,6%, e o Dow Jones Industrial Average somando 55 pontos, ou 0,1%.

O tom da quarta-feira foi ajudado pela divulgação da ata da reunião de julho do Fed, que indicou que "a grande maioria" dos participantes da reunião do banco central disse que "provavelmente" seria apropriado reduzir a taxa básica de juros em meados de setembro, se os dados continuarem a vir conforme o esperado.

No setor corporativo, a Intuit (NASDAQ:INTU) e a Ross Stores (NASDAQ:ROST) devem divulgar seus lucros trimestrais, enquanto a empresa de software Snowflake (NYSE:SNOW) estará em foco após uma queda acentuada nas ações após o fechamento, assim como a varejista Urban Outfitters (NASDAQ:URBN) após resultados decepcionantes.

Calendário Econômico: Simpósio de Jackson Hole, ata do Fed são destaques da semana

2. Dados do mercado de trabalho

Há mais dados econômicos para os investidores digerirem na quinta-feira, à medida que cresce a confiança de que o Federal Reserve concordará com um corte na taxa de juros em sua próxima reunião, em setembro.

Os dados do pedidos semanais de auxílio-desemprego devem ser divulgados hoje, e espera-se que mostrem que o número de pessoas que solicitaram auxílio-desemprego pela primeira vez cresceu marginalmente na semana passada, para 232.000, em comparação com 227.000 na semana anterior.

Isso ocorre depois que o Departamento do Trabalho detalhou na quarta-feira que a economia dos EUA criou 818.000 empregos a menos do que o originalmente relatado no período de 12 meses até março de 2024.

O crescimento real foi quase 30% menor do que o relatado inicialmente, sendo que a revisão do nível total da folha de pagamento foi a maior desde 2009, provocando temores de que o mercado de trabalho sofra substancialmente devido ao alto nível das taxas de juros nos próximos meses.

Os dados de atividade econômica na forma de PMIs da S&P Global também devem ser divulgados para o mês de agosto, e a expectativa é de que mostrem que o setor industrial dos EUA permaneceu em território de contração, mesmo que o setor de serviços tenha mostrado força.

Embora seja amplamente esperado que o Fed faça um corte de 25 pontos-base no próximo mês, o medo de uma desaceleração econômica acentuada está mantendo a possibilidade de um corte maior na visão do mercado. De fato, os analistas do Citi afirmaram, em uma nota na quarta-feira, que um corte de 50 pontos-base na taxa em setembro continua sendo seu cenário básico.

As atas do FOMC de julho forneceram a indicação mais clara até o momento de que o Federal Reserve está inclinado a flexibilizar a política, com uma "grande maioria" de funcionários considerando essa medida apropriada.

Os analistas do Citi observaram que esse sentimento já existia antes da divulgação de dados mais fracos sobre a inflação e o emprego, o que provavelmente fortaleceu o argumento a favor de um corte nas taxas.

"Várias autoridades teriam apoiado um corte em julho, com mais riscos observados de uma deterioração mais significativa do mercado de trabalho", disseram os analistas.

VEJA: Cotações das ações americanas no pré-mercado

3. Harris terá uma visão mais favorável das criptomoedas?

Kamala Harris deve subir ao palco da Convenção Nacional Democrata na quinta-feira para fazer um discurso aceitando a indicação presidencial de seu partido. Ela teve que formular uma campanha em pouco tempo após a saída do presidente Joe Biden da disputa, já que faltam menos de três meses para o dia da eleição.

Uma área que ela provavelmente terá que abordar é o setor de criptomoedas, já que vários investidores em criptomoedas apoiaram a campanha do ex-presidente Donald Trump, depois que o candidato republicano disse que era a favor da diminuição da regulamentação governamental sobre o setor.

Harris apoiará medidas para ajudar a aumentar os ativos digitais, disse um assessor político de sua campanha, destacando os esforços para cortejar um setor emergente de criptomoedas que está expandindo sua influência política.

O setor de criptomoedas tem se irritado com o que considera um esquema regulatório oneroso sob o governo do presidente Joe Biden e, neste ano, é provável que flexibilize sua influência financeira.

"Ela vai apoiar políticas que garantam que as tecnologias emergentes e esse tipo de indústria possam continuar a crescer", disse Brian Nelson, conselheiro sênior de política da campanha, na quarta-feira. A equipe de Harris está sinalizando que ainda está interessada em implementar salvaguardas no setor, que viu o colapso de várias empresas de alto nível.

ACOMPANHE: Calendário da temporada de balanços

4. Petróleo oscila

Os preços do petróleo oscilaram positivamente na quinta-feira, diante de preocupações com a demanda global pesando bastante. Às 7h58, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) subiam 0,33%, para US$ 72,17 por barril, enquanto o contrato Brent estava 0,44% mais alto, a US$ 76,47 por barril.

No entanto, ambos os contratos caíram mais de 6% ao longo da última semana, primeiramente devido a dados econômicos fracos da China, a segunda maior economia do mundo e o maior importador de petróleo, e depois após a forte revisão dos dados de emprego dos EUA.

Essas preocupações tenderam a ofuscar a falta de progresso significativo em relação a um acordo de cessar-fogo em Gaza, o que deixa em aberto a possibilidade de uma grande interrupção nos suprimentos dessa região rica em petróleo se o conflito se espalhar.

Na quarta-feira, a Administração de Informações sobre Energia relatou um declínio acentuado nos estoques de combustível dos EUA na semana passada, sugerindo que a demanda continua saudável na maior economia do mundo, mas isso fez pouco para aliviar a tristeza que cerca o mercado de petróleo bruto.

ACOMPANHE: Cotações das commodities

5. Mercados das bets no Brasil

Com bilhões gastos em jogos de azar neste ano, as apostas já disputam espaço com o consumo, com propagandas na televisão, parcerias com influenciadores, entre outros – e o cenário pode ficar mais acirrado. A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda já recebeu 113 pedidos de 108 bets para registro no Brasil, superando as estimativas.

Se o registro for aprovado, as companhias vão poder atuar na abertura do mercado regulado de apostas. A partir do próximo ano, somente empresas autorizadas vão poder atuar, enquanto as que não tiverem operações reguladas não poderão promover conteúdos publicitários. A medida visa estabelecer um patamar de arrecadação no mercado de apostas – e a Fazenda estima arrecadação de R$ 3,4 bilhões neste ano, só com as outorgas.

Em relatório divulgado a clientes e ao mercado, o banco Itaú (BVMF:ITUB4) projeta brasileiros movimentaram R$ 68 bilhões em jogos virtuais nos primeiros seis meses deste ano, contemplando as bets e jogos como o “Tigrinho”.

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