Analistas dizem que apetite por risco deve ser favorável em 2026
Investing.com – Os índices futuros das bolsas dos Estados Unidos operavam em alta nesta sexta-feira, após as fortes quedas da semana, em meio à aversão ao risco e à queda do bitcoin, que atingiu o menor nível em sete meses.
Investidores também acompanhavam o pacote de estímulo japonês e a fragilidade da economia britânica antes do orçamento previsto para a próxima semana.
No Brasil, o governo espera aprofundar negociações com EUA para reverter tarifas sobre produtos nacionais.
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1. Futuros sobem em Wall Street
Às 8 h de Brasília, o futuro do S&P 500 subia 0,19%, o do Nasdaq 100 avançava 0,2% e o do Dow Jones se valorizava 0,17%. Os três principais índices acumulavam perdas semanais próximas a 3%, refletindo o aumento das dúvidas sobre um corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro.
O relatório de empregos de setembro, divulgado com atraso, mostrou crescimento acima do esperado e reduziu as apostas em uma flexibilização monetária. A notícia apagou parte do otimismo gerado pelos balanços fortes do terceiro trimestre e pelas projeções da Nvidia (NASDAQ:NVDA), que permanece como a empresa mais valiosa do mundo e referência do setor de inteligência artificial.
Os investidores aguardam nesta sexta dados de atividade, como os PMIs de manufatura e serviços, produção industrial, início de novas moradias e o índice de confiança do consumidor de Michigan.
Entre os destaques corporativos, a Gap (NYSE:GAP) superou as previsões de vendas comparáveis no trimestre, sustentada pela demanda por produtos das marcas Old Navy e Banana Republic, mesmo em um ambiente de consumo mais fraco.
2. Japão aprova pacote de estímulo e reacende debate sobre o iene
O parlamento japonês aprovou um pacote de ¥21,3 trilhões (US$ 135 bilhões) para impulsionar o crescimento e reforçar a competitividade em setores estratégicos, como semicondutores e inteligência artificial. Do total, ¥17,7 trilhões correspondem a gastos diretos e ¥2,7 trilhões a cortes temporários de impostos.
O iene teve leve recuperação, mas ainda acumulava queda de cerca de 1,7% na semana frente ao dólar, após tocar mínima de dez meses. A ministra das Finanças, Satsuki Katayama, admitiu que o governo pode intervir caso o câmbio apresente volatilidade excessiva. Tóquio interveio pela última vez em julho de 2024, com um gasto de ¥5,53 trilhões (US$ 37 bilhões), para conter a desvalorização da moeda.
3. Bitcoin renova mínimas com fuga de ativos de risco
O Bitcoin caía mais de 6%, negociado abaixo de US$ 86 mil e atingindo o menor nível desde abril, acumulando queda semanal superior a 9%. A retração refletia o enfraquecimento do apetite por risco e a redução das apostas em cortes de juros pelo Fed, após dados de emprego mais fortes.
A incerteza quanto à decisão de dezembro e o movimento de liquidação de posições alavancadas intensificaram a correção. Segundo a CoinGecko, o valor total do mercado de criptomoedas encolheu em cerca de US$ 1,2 trilhão nas últimas seis semanas.
4. Petróleo recua com perspectiva de acordo entre Rússia e Ucrânia
Os preços do petróleo voltaram a cair, ampliando as perdas recentes. O Brent cedia 1,7%, para US$ 62,30, e o WTI recuava 2%, para US$ 57,85, acumulando queda semanal superior a 3%.
O mercado reagia à possibilidade de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, apoiado por Washington, que poderia ampliar a oferta global. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy afirmou ter recebido uma proposta conjunta dos EUA e da Rússia e planeja conversar com o presidente Donald Trump nos próximos dias.
Caso o plano avance, parte do prêmio de risco geopolítico incorporado aos preços do petróleo pode ser removida, reduzindo a pressão sobre o mercado de energia.
5. Governo busca mais avanços em negociação comercial com EUA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de suspender a tarifa de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros, classificando o gesto como um “passo na direção certa”, mas defendeu avanços adicionais nas negociações bilaterais.
Lula afirmou que manterá o diálogo com Washington com foco na soberania e nos interesses da indústria, da agricultura e dos trabalhadores brasileiros, e reiterou o convite a Trump para visitar o Brasil.
O Itamaraty destacou que a medida, retroativa a 13 de novembro, reflete o progresso das tratativas recentes e foi recebida com satisfação, atingindo carnes, café e frutas. Entidades como Abiec, CNI e Abic celebraram a revogação das tarifas, apontando ganhos para o comércio e a competitividade do agronegócio brasileiro.
