O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta 6ª feira (1º.mar.2024) ser necessário mais investimentos para impulsionar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024. Ele comentou o resultado de 2023, que cresceu 2,9% e movimentou R$ 10,9 trilhões em valores nominais, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Segundo o ministro, o PIB cresceu acima do esperado. Em comparação ao PIB de 2022, quando a alta foi de 3%, a atividade econômica de 2023 registrou uma leve desaceleração.
“Fechar 2,9% é bastante positivo para Brasil. Passa para o mercado nacional e internacional, para o cidadão, para o consumidor e empresário, uma confiança na economia brasileira”, disse a jornalistas.
Haddad também reforçou a projeção de crescimento econômico do Ministério da Fazenda para 2024. A Secretaria de Política Econômica espera alta de 2,2% no PIB do ano deste ano.
“Precisamos de investimento para fazer a economia rodar. No ano passado, não foi o investimento que puxou o crescimento. Foi produção agrícola, consumo das famílias, consumo do governo e as exportações. Isso que puxou a economia brasileira no ano passado. O investimento foi a variável que menos acompanhou essa evolução”, afirmou.
“Queremos criar um ambiente de negócio necessário para que o empresário invista fortemente. É esse investimento que melhoras as condições econômicas. Com investimento, cresce sem risco inflacionário”, completou .
Segundo Haddad, o PIB do 1º trimestre pode continuar “andando de lado”, isto é, sem grande crescimento, mas que deve melhorar à medida que a política monetária avançar.
“Entendemos que podemos ter um 1º trimestre ainda andando de lado. A partir do momento que a política monetária continuar reagindo positivamente, com as projeções de inflação sendo revistas, como têm sido, mais para perto de 3% do que de 4% […] com a inflação bem comportada”, disse.
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Eis a trajetória anual do PIB brasileiro:
Houve crescimento de 15,1% na atividade agropecuária de 2022 para 2023, o que influenciou o resultado do ano passado. O setor de serviços registrou alta de 2,4% e a indústria avançou 1,6%.
As projeções dos economistas procurados pelo Poder360 sinalizavam que a economia brasileira cresceria 3% no período. A última estimativa do Boletim Focus, de analistas entrevistados pelo Banco Central, mostrava que a economia do Brasil teria alta de 2,9% em 2023.
A prévia do PIB de 2023, divulgada em 19 de fevereiro pelo Banco Central, apontou um avanço de 2,45% em 2023. O índice é medido pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica).
Já o Monitor do PIB, que é feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas), trazia alta de 3,0%.