Libere dados premium: até 50% de desconto InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Importações asiáticas geram déficit do setor de US$ 46,6 bi do Brasil em 2023, diz Abiquim

Publicado 22.01.2024, 14:51
© Reuters.  Importações asiáticas geram déficit do setor de US$ 46,6 bi do Brasil em 2023, diz Abiquim
USD/BRL
-
NG
-

As importações de origem asiática foram um dos principais fatores que contribuíram para o déficit de US$ 46,6 bilhões da balança comercial do Brasil de produtos químicos em 2023. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) nesta segunda-feira, 22, e mostram que o peso das importações no País segue maior ante as exportações.

Durante o último ano, o Brasil importou US$ 61,2 bilhões em produtos químicos, o segundo maior valor da história segundo a Abiquim, que perde apenas para o total de US$ 80,3 bilhões registrados em 2022, quando o mercado internacional sofria forte escalada inflacionária. Considerando as quantidades físicas, o volume importado no País em 2023 somou 58,6 milhões de toneladas, 2,3% acima do registrado em 2022.

Entre os produtos químicos, alguns tiveram crescimento expressivo nas importações em 2023. Os destaques listados pela Abiquim são os plastificantes (55,4%), resinas termoplásticas (13,8%) e seus intermediários (4,7%), produtos petroquímicos básicos (13,8%), intermediários químicos para detergentes (4,1%) e outros produtos químicos diversos para uso industrial (10,9%). As fortes importações registradas no último ano foram provocadas pela prática de preços predatórios, de acordo com a entidade.

Segundo a Abiquim, as importações da Ásia (excluído o Oriente Médio) representaram 29% do total importado, consolidando a condição da região como principal fornecedora de produtos químicos para o Brasil (importações de US$ 17,7 bilhões) e com a qual se registra o maior desequilíbrio comercial setorial (déficit de US$ 16,2 bilhões).

As exportações nacionais de produtos químicos, por sua vez, somaram US$ 14,6 bilhões em 2023, o que representa uma queda de 15,6% do indicador na comparação com o ano anterior. Segundo a Abiquim, o resultado foi provocado por um cenário de agravamento das dificuldades econômicas de alguns dos principais parceiros comerciais brasileiros, em especial da Argentina. Outro ponto destacado pela entidade como responsável pela situação são os "reflexos da competitividade artificialmente sustentada em insumos (gás natural e energia) e matérias-primas russas adquiridos por países asiáticos com preços favorecidos em razão da guerra no leste europeu".

Para o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, embora o ano de 2023 tenha sido um dos mais desafiadores da história do setor, a indústria química nacional possui plenas condições de ser uma ferramenta central de promoção do desenvolvimento sustentável brasileiro.

"Precisamos intensificar o apoio à indústria química com mecanismos de incentivo fiscal à expansão da produção e investimento para nos aproximar do que está sendo feito no mundo, especialmente nos Estados Unidos e na China. Também precisamos defender, com política comercial, a indústria química brasileira - que é mais sustentável e que, por conta disso, tem custos mais altos - da concorrência desleal que utiliza matérias-primas, energia e processos industriais mais sujos (portanto mais baratos), sobretudo com medidas tarifárias emergenciais e de mitigação do carbono na fronteira", destaca o executivo.

A Abiquim aponta que têm levado ao governo os pleitos de grande interesse do setor. Em 2023, a entidade destaca como vitória o resgate definitivo do Regime Especial da Indústria Química (Reiq), o fim da redução unilateral de 10% no imposto de importação de 73 produtos químicos críticos, a eliminação da obrigatoriedade da avaliação de interesse público nas investigações originais de dumping e subsídios, além de avanços importantes aos usuários do sistema de defesa comercial nos âmbitos da segurança jurídica, previsibilidade e transparência de critérios e agilidade.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.