O presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), estuda permitir a venda de clubes argentinos para grupos estrangeiros. A intenção seria adotar modelo semelhante ao brasileiro, onde desde 2021 os clubes vem tentando atrair investidores de fora.
Isso permitiria que os clubes, que até agora buscavam aumento de sócios, pudessem trazer investidores privados para se fortalecer financeiramente. A AFA (Federação Argentina de Futebol), no entanto, se opõe à ideia.
O Boca Juniors também é contra. “Nosso clube pertence ao seu povo, aos seus associados e aos seus parceiros que o tornam maior a cada dia”, informou em nota o clube.
Apesar dos maiores clubes argentinos, como o Boca Juniors, conseguirem manter uma situação financeira saudável, as taxas de adesão não são suficientes para cobrir os custos de todos os clubes. De modo geral, os clubes brasileiros superam financeiramente os clubes argentinos, com o Flamengo gerando 198 milhões de euros em receitas operacionais totais, em comparação com os 127 milhões de euros do Boca Juniors.
Veja a comparação:
Algumas aquisições significativas marcaram o período desde a mudança do modelo brasileiro para permitir que os clubes atraiam investidores. O maior negócio foi o do Abu Dhabi United Group, dono do City Football Group, adquirindo uma participação de 90% no EC Bahia por um valor estimado de 193,4 milhões de euros, tornando-se o 2º maior investimento do City Football Group em clubes, depois do Manchester City.