Por Ananta Agarwal
(Reuters) - Cerca de 3.700 trabalhadores de cassinos de Detroit, nos Estados Unidos, devem entrar em greve na terça-feira, caso não cheguem a um acordo contratual, disse o Conselho de Cassinos de Detroit (DCC) nesta segunda-feira.
A greve impactaria as operações de MGM Grand Detroit, operado por MGM Resorts International, MotorCity Casino e Hollywood Casino em Greektown operado pela Penn Entertainment.
Em 29 de setembro, 99% dos trabalhadores votantes de todos os grupos sindicais nos três cassinos de Detroit votaram para autorizar a comissão de negociação do DCC a convocar uma greve.
As negociações, que começaram no verão do Hesmifério Norte, não resultaram em um contrato que aumente os salários para acompanhar a inflação e melhore os benefícios de saúde e aposentadoria.
Quando os cassinos estavam enfrentando dificuldades durante a pandemia, o DCC concordou em 2020 com uma extensão de contrato de três anos com aumentos anuais de 3%, mas a inflação em Detroit subiu 20% desde então, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira pelo DCC.
Desde então, as receitas do setor de jogos ultrapassaram os níveis anteriores à pandemia, com uma geração de 2,27 bilhões de dólares pela indústria de cassinos de Detroit em 2022, de acordo com o comitê de negociação.
O DCC estima que se os trabalhadores forem forçados a entrar em greve nos três cassinos, isso poderá colocar em risco 3,4 milhões de dólares em receitas por dia das operadoras de cassino, com o maior impacto para MGM Grand Detroit, que arriscaria 1,7 milhão de dólares.
O anúncio da greve em Detroit ocorre no momento em que 40 mil trabalhadores do setor hoteleiro de Las Vegas, empregados em cassinos operados pela MGM, Caesars Entertainment e Wynn Resorts, estão envolvidos em negociações por salários e benefícios mais altos.
Os sindicatos de trabalhadores culinários e bartenders realizaram um piquete nas propriedades da MGM Resorts e Caesars Entertainment em Las Vegas na última quinta-feira. Eles ainda não anunciaram um prazo para greve.