BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil sobem hoje?
Investing.com – Os investidores acompanham atentamente cada dado macroeconômico com potencial de gerar tensões nos mercados. Um deles é o PIB dos Estados Unidos, cuja divulgação está marcada para esta quarta-feira.
“Os investidores costumam imaginar que o melhor momento para investir é quando a economia está em expansão. Nem sempre é assim. Historicamente, os melhores pontos de entrada em ativos de risco tendem a ocorrer quando a economia se aproxima do fundo do poço, antes de iniciar uma nova fase de crescimento. O pior momento costuma ser justamente no início de um ciclo recessivo”, afirma Fernando Barroso, diretor de investimentos da Insignium.
O analista acrescenta que há exceções a essa lógica. Casos como o da Alemanha, que atualmente apresenta traços de estagnação ou crescimento nulo, ilustram economias com forte dependência do setor externo e de compradores estrangeiros.
Além disso, Barroso ressalta que as projeções para o PIB norte-americano são bastante dispersas, variando de uma contração anualizada de 1,5% até um avanço de 1,7%, com uma mediana em torno de 0,17%.
Fatores a considerar
Independentemente do resultado de amanhã, Barroso destaca alguns pontos que merecem atenção:
- “Acreditamos que as políticas de Trump não são o fogo, mas sim a gasolina. Ou seja, antes mesmo de suas medidas, já era possível identificar dinâmicas de desaceleração tanto no crescimento quanto na inflação. O setor de serviços, que havia sido o principal motor, já dava sinais de exaustão. E essa tendência não é exclusiva dos EUA — ela também afeta a economia global.”
- “O consumidor americano se beneficiou de estímulos fiscais implementados ainda no primeiro mandato de Trump, com efeitos que possivelmente se estenderão.”
- “Se esse processo de desaceleração seguir seu curso, resta saber como será classificado: uma recessão técnica? Um mero esfriamento?”
- “A imprevisibilidade das políticas de Trump torna extremamente difícil estimar o impacto real sobre a economia. Falar em 60% de probabilidade de recessão, sem entender a reação de consumidores e empresas, parece precipitado.”
- “Costumava-se definir recessão como dois trimestres consecutivos de contração. Mas há alguns anos esse critério deixou de ser o mais relevante. O comitê de datação de ciclos do NBER define recessão como ’uma queda disseminada na atividade econômica, que dura alguns meses e afeta produção, emprego, renda real e outros indicadores’. Não acreditamos que esse seja o estágio atual.”
O diretor de investimentos da Insignium ressaltou que, na visão da gestora, o mais prudente no momento seria aguardar e observar a dinâmica real da economia. Ele afirmou que a equipe seguia monitorando de forma cuidadosa os dados de vendas no varejo e as projeções corporativas, com o objetivo de compreender qual seria o cenário mais provável. Acrescentou ainda que era fundamental lembrar que o processo de desaceleração já estava em andamento antes do retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos.
“Nossa filosofia: ‘If you fail to plan, you plan to fail’. Ou seja, continuamos comprometidos em adaptar gradualmente o risco, à medida que o mercado precifica melhor a probabilidade de um ‘sobrenome’ mais desafiador para a economia”, conclui.
***
INVISTA COM CONFIANÇA! Comece a operar com inteligência artificial e dados profissionais no InvestingPro! Descubra ações explosivas agora, clique aqui!