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Por que o brasileiro é tão endividado?

Publicado 11.04.2022, 15:01
Atualizado 12.04.2022, 07:35
© Reuters

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - Enquanto o pagamento a prazo virou tendência internacional a partir da campanha “Buy now, pay later”, em plena pandemia em 2020, o “compre agora e pague depois” é velho conhecido do brasileiro.

E o "deixar para depois" tem sido uma escolha cada vez mais frequente por aqui. O endividamento no país atingiu recorde histórico em 2021, com 76,3% das famílias com alguma dívida. Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou, no entanto, que a inadimplência teve um leve recuo – caiu de uma média de 25,5% em 2020 para 25,2% no ano passado.

A pandemia causou um superendividamento?

Segundo Kelly Possebon, head educacional da Ativa Investimentos e especialista em Finanças Comportamentais, a pandemia, a inflação e o desemprego contribuíram para o aumento do endividamento, mas o nível historicamente é muito elevado em relação a outros países.

“O endividamento no país sempre foi alto. Tem uma questão cultural, uma facilidade de só clicar em um botão ou passar o cartão, com crédito fácil. Antes da pandemia, o endividamento estava na faixa de 60%. Com a pandemia, ele aumentou, mas sempre foi alto”.

Para a head educacional, a facilidade em ter compras parceladas no cartão de crédito – mesmo que a pessoa não tenha condições de arcar no futuro com os valores ou comprometa outras áreas importantes da vida – estão entre os principais motivos para esse indicador ser tão elevado. “Assim começa a situação de pedalar cartão e ficar no rotativo. Às vezes, a dívida nem é tão ruim, a pessoa resolveu financiar sua casa, achou que era a melhor forma, mas vem o desemprego e ela não consegue honrar os pagamentos e acaba indo para o Serasa ou SPC”.

Planejamento contra a inflação

Com inflação anual medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 11,30% no mês de março, o brasileiro, além de endividado, possui um poder de compra mais reduzido. Por isso, a especialista reforça que o planejamento é o primeiro passo antes de tomar decisões de alocações de recursos.

Mas a pergunta “estou vencendo a inflação” precisa ser feita mensalmente no orçamento. Com a taxa de juros básica da economia (Selic) em alta, não faltam investimentos que rendem mais do que o IPCA.

“Os rendimentos de renda fixa estão incríveis e batem a inflação. Precisamos perder o comodismo de deixar o dinheiro na poupança. No momento em que a pessoa faz isso, perde para a inflação. Os CDBs e Tesouro Direto estão pagando mais que a poupança e rendendo acima da inflação”, completa. Caso esteja adequado para o perfil do investidor, mesmo com renda fixa no portfólio, isso não quer dizer que ele não possa olhar com atenção também para as oportunidades em renda variável.

Inflação: Estamos em uma crise de preços ou crise de oferta?

Educação financeira em foco

Antes de investir, é preciso estar com as contas em dia? Para que o orçamento familiar esteja equilibrado antes de começar os aportes mensais, iniciativas para ensinar os brasileiras a manter as contas em dia proliferam no país.

A Ativa Investimentos lança nesta semana a Prospera, braço educacional que tem educação financeira como foco, com o primeiro curso gratuito com inscrições até 17 de abril.

“Chegamos a conclusão de que, como corretora, sempre queremos mais investidores. Mas, para termos mais investidores hoje e olhando para o Brasil, onde a educação financeira é precária, praticamente inexistente, se queremos mais investidores no futuro, mais pessoas prósperas para bancar sua própria previdência, onde a gente atacaria? Precisamos conversar com crianças, adolescentes, levar alfabetização financeira. A vida financeira começa muito cedo”, detalha, lembrando que as primeiras aulas serão voltadas a adultos, mas o projeto vai contemplar também os pequenos.

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