O avanço de 1,1% na produção industrial em dezembro ante novembro foi resultado de expansões em 14 dos 25 ramos pesquisados. As influências positivas mais importantes para o índice geral vieram das indústrias extrativas, que cresceram 2,2% naquele mês ante o novembro; produtos alimentícios, cuja produção avançou 2,1% na mesma comparação; e confecção de artigos do vestuário e acessórios, com crescimento de 14,5%.
O IBGE destacou que, nos seis meses até dezembro, a produção de itens alimentícios acumulou expansão de 9,1%, registrando avanço em todos os meses.
Outras contribuições positivas para o resultado da indústria em dezembro vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+10,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (+2,4%), de produtos de metal (+3,1%), de outros equipamentos de transporte (+5,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+3,2%) e de produtos diversos (+6,1%).
Entre as dez atividades que viram recuo em dezembro, a produção de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis caiu 2,6%, e produtos químicos caíram 5,1%, exercendo os principais impactos negativos no período, com ambas eliminando os avanços do mês anterior (0,6% e 0,1% respectivamente).
Outros recuos assinalados pelo IBGE aconteceram nos ramos de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,2%) e de bebidas (-2,2%). A indústria de borracha e de material plástico ficou estável em dezembro ante novembro.
Patamares
Com o resultado de dezembro, a produção industrial ficou 0,7% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Ainda assim, a indústria ainda se encontra 16,3% abaixo do nível recorde, de maio de 2011.
Segundo o coordenador do levantamento do IBGE, André Macedo, o desempenho de dezembro marca o quinto mês seguido de avanços na produção, uma sequência que não se via desde 2020, quando houve avanços por sete meses seguidos entre maio e novembro, período que sucedeu o baque inicial da pandemia de covid-19.