A taxa de desemprego no México caiu de 2,9% em janeiro para 2,5% em fevereiro, segundo informou o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) do país. Para analistas, o resultado corrobora a expectativa de que o banco central mexicano (Banxico) adote um relaxamento monetário mais lento, o que induziu um clima de bom humor nos mercados locais.
Na semana passada, a autoridade monetária cortou a taxa básica em 25 pontos-base, a 11,00%, e deu início ao processo de afrouxamento monetário bem depois dos principais pares na América Latina. A decisão não foi unânime, com o voto de uma dirigente pela manutenção.
Na visão do grupo financeiro Monex, o dado de desemprego divulgado hoje deixa margem para que o BC opte por manter juros restritivos por mais tempo, com o objetivo de combater a inflação persistente.
A avaliação é de que a peso poderia ser beneficiado por um diferencial de juros favorável, diante da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) entregue três cortes este ano.
Assim, após o indicador, o peso mexicano alcançou o maior nível ante o dólar desde dezembro de 2015, com a divisa americana cotada a até 16,5113 pesos. Na bolsa local, o índice Mexico S&P/BMV IPC operava em alta de 0,33% pouco antes do fechamento deste texto.