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'Vamos testar uma taxa progressiva para os dividendos', diz relator

Publicado 18.07.2021, 13:33
Atualizado 19.07.2021, 08:19
© Reuters.  'Vamos testar uma taxa progressiva para os dividendos', diz relator

Relator do projeto que altera o Imposto de Renda (IR), o deputado Celso Sabino (PSDB-PA) descarta risco para as contas públicas com a redução agressiva do imposto das empresas (IRPJ). Seu parecer, apresentado aos líderes na semana passada, prevê uma queda de R$ 30 bilhões na arrecadação sem compensação. Sabino diz que não haverá redução de receitas porque a economia reagirá positivamente à reforma com mais crescimento. Na entrevista que concedeu ao Estadão/Broadcast após se reunir com representantes dos shoppings centers, ele antecipa ajustes adicionais que fará, como uma tabela progressiva para a volta da tributação de lucros e dividendos. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como recebeu as críticas ao seu relatório?

É natural que ele continue a ser aperfeiçoado. Demos o primeiro passo. O presidente (da Câmara, Arthur) Lira me pediu para fazer um esforço extra para reunir todas as bancadas e esclarecer e colher sugestões e críticas. Mas é importante destacar que o mercado reagiu muito bem. No dia da divulgação, a Bolsa subiu, na contramão das do resto do mundo.

Muitos acham que há uma queda muito forte no IRPJ. O parecer não está na contramão do cenário internacional? Os países estão aumentando a tributação das empresas para fazer frente aos gastos com a pandemia.

Essa não é a reforma tributária da empresa A ou B ou de qualquer setor da economia e, sim, a maior reforma trabalhista de geração de emprego que o País poderia ter, com uma alíquota de 2,5% de IR. Essa é a reforma que fará o País crescer. Estamos favorecendo os investimentos em capital, retendo mais recursos dentro da empresa para a implementação de novos projetos e apostamos em mais geração de emprego.

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Há especialistas que apontam que o seu parecer acabou beneficiando os super-ricos.

Ao contrário, tributamos os mais ricos com lucros e dividendos, tributando as grandes fortunas através dos fundos exclusivos fechados criados para administrar os seus patrimônios. Vamos alcançar esses R$ 230 bilhões (de 20 mil contribuintes mais ricos) declarados e não tributados.

O parecer trará ajustes na tributação de lucros e dividendos?

Mantivemos a proposta inicial do governo de isenção de até R$ 20 mil para quem recebe lucros e dividendos distribuídos de micro e pequenas empresas, mas essa parte ainda está em maturação, assim como outras do projeto. Durante a tramitação, aperfeiçoaremos.

Quais são os principais ajustes?

Os lucros e dividendos serão tributados, não importa para quem sejam distribuídos. Retiramos a possibilidade de tributação na distribuição entre empresas do mesmo grupo, desde que entre controladas e controladoras. E, agora, estudamos a possibilidade de incluir as empresas coligadas, que não são controladas, mas investem numa sociedade de propósito específico ou em determinado projeto de uma corporação.

O sr. pode dar um exemplo?

Por exemplo, um empreendimento vai ser construído. Então, é criada uma sociedade. Estamos estudando a possibilidade de incluir no texto que outras empresas, que sejam coligadas que tenham 10% ou 20% daquele projeto, possam também não ter os seus dividendos tributados.

O sr. adotará tributação de lucro e dividendos progressiva em vez de alíquota única de 20%?

Estamos fazendo as contas e vamos testar todas as possibilidades na Câmara e durante o aprimoramento do projeto no Legislativo federal. Há possibilidade, sim, de haver algumas alterações nesse item.

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Como funcionaria?

Sem falar em números, porque vou chutar. Seria assim: isenção (para quem recebe até) R$ 2,5 mil, até R$ 5 mil pagaria 5%; até R$ 10 mil pagaria 10%; até R$ 15 mil, 15%; R$ 20 mil, 20% e daí para cima uma outra alíquota, por exemplo.

Poderia ter mais do que 20%?

É. A progressividade faz o papel de justiça fiscal: os que ganham menos pagam menos, os que ganham mais pagam mais.

A redução da faixa de isenção de R$ 20 mil para R$ 2,5 mil na tributação de lucros e dividendos não agrava a pejotização?

Estamos partindo para um novo modelo. Em vez de tributar o capital produtivo, tributar mais a renda quando sai da empresa. Esse novo modelo está passível de ajustes até chegarmos ao ideal. Pode ser que venha a tabela progressiva e a isenção seja ampliada.

Haverá novas mudanças no fim da dedução do Juros sobre Capital Próprio (JCP)?

Não. Setenta e cinco por cento de JCP são de bancos. Vamos tirar a dedutibilidade de JCP (uma forma de as empresas remunerarem os acionistas com vantagens tributárias). Vamos aumentar a carga sobre os bancos.

O presidente da Febraban elogiou as mudanças no projeto?

Eu não vi essas palmas, não. Onde foi? Vai direto na jugular dos bancos. Ou seja, estamos tributando os bancos, os mais ricos, as grandes fortunas e corrigindo a tabela do IRPF para metade não pagar nada.

Se as projeções não se confirmarem, aumentará o rombo nas contas. O sr. não se preocupa?

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Zero de aumentar o déficit público. No segundo semestre, vamos ter uma arrecadação maior do que a meta estabelecida. Vai bater com folga nos próximos quatro, cinco anos.

Quando o projeto do IR vai para votação no plenário?

Em agosto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Aumento de impostos nada diferente disso e so isso que querem para roubar via fundao
Bandidos
Em 22, seja patriota, pense no Brasil. Não acredita na MENTIRA que propagam dizendo que o Brasil se divide entre os corruptos Lula e Bozo. Não vote em Lula e Bozo.
Vota em quem então.... marina silva, dacioulo ?!
Quem vota em corrupto é conivente. Em quem votar? Fica a critério de cada um.
para pegar as "grande fortunas" deviam tributar os fundos (PJ) e Pessoas Físicas (PF) somente se tivesse uma posição relevante por exemplo 5%
Cuidado!!! Se o governo federal diminuir impostos o Dória sobe o ICMS na mesma hora!!!
Finalmente alguém viu a injustiça de colocar 20% de tributação p tds os valores de dividendos. Concordo plenamente com a alíquota progressiva. Barsi é eu N podemos pagar os msm 20%.
Basta tributar o dividendos quando enviados p fora do Brasil...aí sim a coisa fica interessante. Vamos acabar com a palhaçada dos gringos se alavancarem por aqui para enviar dinheiro p fora..
Não vai mudar nada ao invés da empresa pagar dividendo ela vai pagar JPC que já tem impostos
Sei.... JCP acaba na reforma do aumento de imposto.
por um lado empresas pagando menos poderão distribuir mais dividendos, e os ganhos poderão vir a serem maior com a valorização das ações já que a reforma diminuiu encargos das empresas
Esses "políticos" sempre jogando contra o país em que vivem. Deus de misericórdia!
O interessante é que vai ficar assim: quanto é 20% de nada? Quem ganha mais o rico consegue se mudar, mesmo que perca, Lá fora é mais estável e não tem que lidar com o ciclo menstrual de ministros de economia. Meu caso, sou investidor e não especulador. Mas o especulador vai imperar aqui no Brasil desregulando o sistema com um todo. Além disso temos uma instabilidade jurídica. Tributação no que já é tributado é bitributação o que não ocorre nos JCP do bancos que serão preservados. Estão lidando com investidores oo equipe econômica, não com povão que acreditam em qualquer coisa. Aqui elas se ajustam. Antecipo o resultado. Prejuízo enorme para o trabalhador que vai pagar a conta e pro Brasil em geral.
tributar as igrejas ninguem quer…
Pelo contrário, não teibuta e abre mão de 2bi em multas.
ok
Tem que tributar lucros do sistema financeiro, um segmento que mais ganha com inflação ou sem inflação...
Corta as mordomias dos milicos, judiciário e politicalha. Corta o fundão. Corta a roubalheira. Corta as rachadinhas e compra de votos. Vai sobrar dinheiro sem aumentar imposto.
eles não vão fazer isso se não como vc votaria neles se eles não tiver dinheiro para se apresentar a nós pedindo voto kkkkkkk
brincadeira mano que Deus te abençoe
Corta o fundão eleitoral BILIONÁRIO PRIMEIRO, depois fale em impostos...!!!
Quem ganha menos esta sempre pagando mais. Os ricos mudam de país.
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