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5 fatores para se observar na libra esterlina em 2022

Publicado 13.01.2022, 18:10
Atualizado 14.01.2022, 03:15

Por Samuel Indyk, do Investing.com Reino Unido

Investing.com – A libra teve um ano contraditório em 2021. A moeda apresentou um dos melhores resultados do G10 no início do ano, pois o Reino Unido tinha um dos programas de vacinação contra Covid-19 mais avançados do mundo e o Reino Unido e a União Europeia haviam chegado a um acordo comercial do Brexit no final de 2020.

No entanto, os problemas contínuos do Brexit, a confusão do Banco da Inglaterra e a alta irredutível dos casos de Covid pesaram sobre a libra no segundo semestre, e a moeda deverá terminar o ano com perdas de 1% contra o dólar e ganhos de 6% em relação ao euro.

Temas chave para 2022

Alguns dos temas predominantes em 2021 devem continuar em 2022, com papeis reservados para o Brexit, o Banco de Inglaterra, a cepa ômicron do coronavírus, a inflação e as possíveis turbulências no governo.

1. Brexit

No final de 2020, o Reino Unido e a União Europeia (UE) anunciaram um novo acordo de comércio e cooperação que estabelece arranjos em áreas como bens e serviços, propriedade intelectual, aviação, pesca e execução legal. O acordo desencadeou um rali na libra no início de 2021, mas o Reino Unido já indicou desde então que poderia suspender partes do acordo do Brexit para a Irlanda do Norte, conhecido como protocolo.

O protocolo foi implantado para evitar controles ao longo da fronteira entre a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, e a República da Irlanda, parte da UE. Contudo, desde que foi posto em prática, o Reino Unido disse que o protocolo representava um compromisso do Reino Unido e que a UE estava impondo controles de fronteira sobre mercadorias provenientes da Inglaterra, Escócia e País de Gales de maneira rígida demais.

"No próximo ano, o foco continuará sendo os acordos comerciais pós-Brexit, especialmente em relação ao protocolo da Irlanda do Norte", disse Robert Hoodless, diretor de Análise de Câmbio e de Macroanálise para Europa e Américas da ITC Markets. "As expectativas são de uma conclusão para estes assuntos no primeiro trimestre, mas o mercado pode não se assustar facilmente com estes assuntos, após a experiência de anos de manchetes sobre o tema".

2. Banco da Inglaterra

O Banco da Inglaterra tornou-se um dos primeiros grandes bancos centrais a elevar sua taxa de juros e começar a retirar o estímulo emergencial que havia sido implementado no início da pandemia. No dia 16 de dezembro, a Velha Dama da Rua Threadneedle votou pelo aumento da taxa de juros em 15 pontos base, para 0,25% e, com pouca fanfarra, permitiu a conclusão do atual programa de flexibilização quantitativa.

O foco para 2022 será quantos mais aumentos de juros serão esperados ao longo do ano.

"As pressões que ainda vemos subirem internamente no mercado de trabalho, nos serviços, nos preços, na inflação etc., precisam ser abordadas por uma política um pouco mais rígida e por uma taxa bancária um pouco mais elevada", afirmou a economista-chefe do Banco da Inglaterra, Huw Pill, no dia seguinte à decisão.

A precificação atual dos mercados atualmente está em torno de 80 pontos-base de aperto ao longo de 2022, ou o equivalente a cerca de três elevações das taxas de juros.

3. Inflação

Se o Banco da Inglaterra decidir aumentar as taxas de juros três vezes em 2022, será porque teme que a inflação fuja do controle.

"A tendência a que todos estão atentos em 2022 é a inflação", Justin Grossbard, Cofundador e Editor Chefe da Compare Forex Brokers, disse ao Investing.com. "Com a flexibilização quantitativa expandindo a demanda enquanto as cadeias de fornecimento estão esticadas, parece inevitável que a inflação aumente, forçando a reconsideração das elevações das taxas de juros".

O último Relatório de Política Monetária do Banco da Inglaterra, divulgado em novembro, mostrou que o banco central esperava que a inflação alcançasse seu pico na primavera de 2022 do Hemisfério Norte, antes de recuar à medida que os impactos da alta dos preços do petróleo e do gás começassem a diminuir.

No entanto, o banco central viu a inflação, medida pelo índice de preços ao consumidor, atingir um pico de cerca de 5%. Em novembro, o IPC já tinha atingido 5,1%.

4. Pandemia – Ômicron

A evolução da pandemia será outro fator a se considerar para a libra em 2022. A variante ômicron é hoje a cepa predominante da Covid-19 no Reino Unido, com o número de caso diários atingindo níveis recordes, muito mais elevados do que em qualquer outro ponto da pandemia.

A esperança é que a ômicron cause uma doença menos grave do que as variantes predominantes anteriormente, como a delta ou o coronavírus original.

Se esse não for o caso, o Reino Unido deve implantar restrições sociais adicionais, enquanto o primeiro-ministro Boris Johnson não descarta mais lockdowns.

Nas perspectivas para a libra, o analista sênior da Newsquawk, Danny Baker, acredita que a ômicron e a pandemia podem continuar sendo um fator chave a se ficar atento em 2022.

"Muito depende da evolução da pandemia, com a ômicron adicionando uma dimensão nova/diferente à variante delta (sem mencionar outras mutações ou cepas do vírus que venham a emergir)", Baker disse ao Investing.com.

5. Turbulência no governo

A última peça do quebra-cabeça à qual os investidores da libra terão que se atentar em 2022 é se o Partido Conservador do primeiro-ministro Johnson conseguirá sair da instabilidade atual.

Só em dezembro, Johnson enfrentou uma rebelião no parlamento de mais de 100 dos seus deputados sobre os novos regulamentos para a Covid, e o Partido Conservador perdeu uma eleição em North Shropshire para os Democratas Liberais, um assento que os Tories mantinham por quase 200 anos.

As eleições foram convocadas após a renúncia do deputado do Partido Conservador Owen Paterson, depois de ter violado as regras de defesa pagas pelo Comitê de Normalização da Câmara dos Comuns.

"A longevidade do premiê Johnson na direção de uma maioria conservadora é outra questão que vale a pena levar em conta", acrescentou Hoodless, da ITC. "Um substituto está à espera, na forma do Ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak. Sunak diverge da estratégia de ‘alavancagem’ do primeiro-ministro Johnson, e busca tributar e gastar menos do que a atual política governamental prescreve. O Ministro também é conhecido pela disposição mais ao estilo Thatcher de desregulamentação e libertação das regras europeias. Uma mudança política assim ao longo do ano pode ter implicações para a libra".

E coube à atuação de Johnson na condução da pandemia para aumentar a instabilidade de seu governo. O primeiro-ministro participou de uma reunião com bebidas no jardim de Downing Street em maio de 2020, durante a primeira onda da pandemia. Essa revelação causou mais uma fúria entre aliados de Johnson no Partido Conservador.

Nesta quinta-feira, o jornal The Telegraph revelou que a residência oficial e escritório do primeiro-ministrou realizou duas festas em 16 de abril de 2021, um dia antes do funeral do príncipe Philip. Participaram das festas funcionários em Downing Street nº 10, sem a presença de Johnson. Mesmo assim, o opositor Partido Trabalhista tenta colar a imagem que o primeiro-ministro não controla nem o que ocorre em seu gabinete.

As recentes turbulências do governo Johnson não impactaram a cotação da libra, que avança 0,5% e 1,4% em relação, respectivamente, ao euro e ao dólar nos primeiros dias de 2022 .

Últimos comentários

inflação na Europa?? culpa do Bozo
3 3 , 3rxrx44444d,x4,3s#s,,33,f d
Que viagem…
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