Londres, 14 out (EFE).- Onze bancos estrangeiros que operam no
Reino Unido, entre eles Bank of America, Goldman Sachs e JP Morgan,
se comprometeram a aplicar as medidas estipuladas pelo Grupo dos
Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) para limitar o
pagamento de bônus para seus diretores.
Segundo o Ministério da Economia do Reino Unido, a decisão dos
bancos foi tomada depois de uma série de reuniões com representantes
do Governo.
Em setembro, os cinco principais bancos do país - HSBC, Barclays,
Lloyds Banking Group, Royal Bank of Scotland (RBS) e Standard
Chartered - se comprometeram a revisar e restringir o pagamento de
bonificações a seus empregados segundo os acordos internacionais
surgidos da cúpula do G20 realizada em Pittsburgh (Estados Unidos)
nos dias 24 e 25 de setembro.
Dos estrangeiros, Bank of America Merrill Lynch, Citigroup,
Credit Suisse, Goldman Sachs, JP Morgan, Morgan Stanley, Nomura,
UBS, Deutsche Bank, Paribas e Société Generale, disseram hoje que,
além de assinar os acordos do G20, adotarão a normativa sobre
pagamentos que a autoridade de serviços financeiros do Reino Unido
(FSA, na sigla em inglês) começará a aplicar em 2010.
"Em um negócio competitivo e global, a remuneração nos bancos
deve ser coerente com uma gestão efetiva do risco, e deve haver
também, neste assunto, uma consistência tanto em nível nacional,
como internacional", afirmaram as empresas em comunicado conjunto.
"Cumprimentamos a natureza global das reformas do G20 e
trabalharemos com a FSA e os reguladores em nossos países para
adotá-las, reconhecendo que todos os membros do G20 se comprometeram
também a implementá-las, para assegurar condições de igualdade",
prossegue a nota.
Segundo os acordos do G20 em Pittsburgh, as gratificações pagas
aos banqueiros devem estar vinculadas a sua gestão a longo prazo, a
fim de evitar o incentivo a uma cultura de risco que volte a pôr o
equilíbrio do sistema financeiro em risco.
Entre outras regras, os bancos estarão obrigados a publicar
relatórios anuais sobre os salários de seus funcionários e
demonstrar que as gratificações estão ligadas ao rendimento da
companhia. EFE