BCE está tranquilo sobre força do euro e risco de inflação muito baixa, diz de Guindos

Publicado 16.06.2025, 08:39
Atualizado 16.06.2025, 08:40
© Reuters. Vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindosn04/10/2023. REUTERS/Yiannis Kourtoglou/File Photo

Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa

FRANKFURT (Reuters) - As tarifas pesarão sobre o crescimento econômico e os preços da zona do euro durante anos, mas há pouco risco de que a inflação caia para níveis muito baixos, e mesmo a alta do euro em relação ao dólar não é uma grande preocupação, disse o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos.

O BCE sinalizou uma pausa no afrouxamento da política monetária neste mês, apesar de projeções mostrarem que o aumento dos preços está caindo abaixo de sua meta de 2% temporariamente devido ao euro forte e aos preços baixos do petróleo, reavivando as preocupações de que o ambiente de inflação ultrabaixa da década pré-pandemia poderia retornar.

Porém, de Guindos minimizou esses temores, argumentando que o BCE está finalmente perto de sua meta, após anos acima e abaixo.

"Na minha opinião, o risco de não atingir a meta é muito limitado", disse de Guindos em uma entrevista à Reuters. "Nossa avaliação é que os riscos para a inflação estão equilibrados."

Um dos principais motivos pelos quais a inflação se recuperará para a meta depois de cair para 1,4% no primeiro trimestre de 2026 é que o mercado de trabalho continua apertado e os sindicatos continuarão exigindo aumentos saudáveis, mantendo o crescimento da remuneração em 3%, argumentou de Guindos.

Embora de Guindos não tenha defendido explicitamente uma pausa no afrouxamento monetário, ele disse que os investidores financeiros, que agora apostam em apenas mais um corte nas taxas de juros, interpretaram corretamente a mensagem da presidente do BCE, Christine Lagarde.

"Os mercados entenderam perfeitamente bem o que a presidente disse sobre estarmos em uma boa posição", disse ele. "Acho que os mercados acreditam e descontam que estamos muito próximos de nossa meta de inflação sustentável de 2% no médio prazo."

O euro subiu 11% em relação ao dólar nos últimos três meses, atingindo seu nível mais alto em quase quatro anos, US$1,1632, na quinta-feira.

Além de representar mais um golpe para os exportadores, além das tarifas dos EUA, um euro mais forte poderia reduzir ainda mais os preços dos produtos importados.

Mas de Guindos disse que a taxa de câmbio não foi volátil, nem sua valorização foi rápida, dois indicadores importantes em sua opinião.

"Acho que, a US$1,15, a taxa de câmbio do euro não será um grande obstáculo", disse de Guindos, ex-ministro da economia da Espanha e o membro mais antigo da diretoria do BCE.

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