Dólar sobe ante real com busca por proteção antes de anúncio de tarifas nos EUA

Publicado 02.04.2025, 17:06
Atualizado 02.04.2025, 17:20
© Reuters. Nota de dólarn01/06/2017.     REUTERS/Thomas White/Illustration

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa pelo anúncio das novas tarifas de importação dos Estados Unidos fez o dólar fechar em leve alta ante o real nesta quarta-feira, mas ainda abaixo dos R$5,70, com investidores mantendo posições de proteção na moeda norte-americana antes do detalhamento das medidas.

O dólar à vista fechou em alta de 0,23%, aos R$5,6963. No ano, porém, a divisa acumula queda de 7,81% ante o real.

Às 17h11, na B3 (BVMF:B3SA3), o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,44%, aos R$5,7370.

No início da sessão o dólar chegou a oscilar em baixa no Brasil, dando continuidade ao movimento dos últimos dias e acompanhando a queda firme da moeda norte-americana ante divisas fortes como o euro e o iene.

Ainda pela manhã, no entanto, o dólar migrou para o território positivo no Brasil, com investidores buscando a proteção da moeda norte-americana em relação ao real. O movimento esteve em sintonia com a alta do dólar ante outras divisas pares do real, como o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.

“O dólar deu uma virada no Brasil acompanhando as ‘divisas commodities’. O peso mexicano e o rand sul-africano estão apanhando, e o real acaba acompanhando”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

Entre as divisas que mais perdiam valor ante o dólar estavam aquelas que são bastante dependentes de commodities -- cujos preços podem ser afetados pela guerra tarifária e seus impactos sobre a atividade global. No grupo de perdas também estavam divisas de países com forte relação comercial com os EUA, como o peso mexicano e o dólar canadense.

No Brasil, após marcar a cotação mínima de R$5,6610 (-0,39%) às 10h19, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,7155 (+0,57%) às 11h36.

Depois disso o dólar se reaproximou da estabilidade, mas seguiu sendo sustentado pela cautela dos investidores antes do anúncio das tarifas.

Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que, como as medidas estavam programadas para depois das 17h00, eventuais impactos seriam percebidos apenas sobre o dólar futuro negociado na B3, ficando para quinta-feira os ajustes a serem feitos nas cotações do mercado à vista.

No exterior, em meio à busca pela proteção de moedas como o euro e a libra, às 17h07 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,34%, a 103,840.

Pela manhã, o Banco Central vendeu toda a oferta de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.

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