🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Dólar cai 0,21% no dia com China e PIB, mas sobe 1,33% na semana de olho no fiscal

Publicado 01.09.2023, 15:05
Atualizado 02.09.2023, 05:00
© Reuters Dólar cai 0,21% no dia com China e PIB, mas sobe 1,33% na semana de olho no fiscal
USD/BRL
-
DXY
-

Após a arrancada da quinta-feira, 31, quando subiu 1,68% e flertou com os R$ 5,00 nas máximas, o dólar à vista apresentou leve recuo na sessão desta sexta-feira, 1º de setembro. Passado o efeito de fatores técnicos sobre a formação da taxa de câmbio, como rolagem de contratos no segmento futuro e formação da última taxa ptax de agosto, houve uma acomodação, com ajustes de posições e realização de lucros.

Segundo operadores, a alta das commodities, em meio a dados positivos da indústria da China, que anunciou medidas de apoio ao setor imobiliário, e o resultado mais forte do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre abriram espaço para queda do dólar. Moedas pares do real, como peso chileno, peso colombiano e rand sul-africano também se valorizaram.

Nas primeiras horas de negociação, a divisa ameaçou romper o piso de R$ 4,90 com o exterior, na esteira da divulgação do relatório de emprego nos EUA, e tocou mínima a R$ 4,9005. O ritmo de baixa diminuiu ainda pela manhã e, com máxima a R$ 4,9481, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 4,9405, em queda de 0,21%. Na semana, contudo, a moeda acumula valorização de 1,33%, atribuída, em parte, ao aumento dos prêmios de risco em razão de dúvidas sobre a gestão da política fiscal.

Consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo observa que houve desconforto com os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sanção do novo arcabouço fiscal, o que ajudou a impulsionar o dólar no mercado local. Foi vetado por Lula o item que impedia a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de excluir despesa do cálculo da meta fiscal - o que trouxe preocupações em torno de aumento de gastos.

Para o consultor, houve certo exagero, contudo, na reação dos investidores ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), divulgado na quinta, em que o governo estipula ampliar as receitas em R$ 168 bilhões para cumprir a meta fiscal de déficit primário zero em relação ao PIB em 2024.

"Não entendo porque o mercado ficou em polvorosa com o orçamento, que veio em linha com o esperado. O governo tem que perseguir uma meta. Existe dificuldade em ampliar receitas, mas, se o resultado já for melhor na margem, o cenário se torna mais benigno", afirma Galhardo, para quem o mercado pode se "acalmar em relação ao orçamento nas próximas semanas", o que pode beneficiar o real.

Pela manhã, o IBGE divulgou que o PIB do segundo trimestre subiu 0,9% em relação ao primeiro, acima da mediana de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (0,3%). Na comparação anual, houve alta de 3,40%, também superior à mediana (2,7%).

Casas como BTG Pactual (BVMF:BPAC11), JP Morgan e Bradesco (BVMF:BBDC4) revisaram para cima as estimativas para crescimento do PIB neste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta vai revisar a estimativa para o PIB neste ano, atualmente de 2,5%. Segundo o ministro, a economia brasileira deve encerrar este ano com crescimento em torno de 3%.

No exterior, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar frente a moedas fortes - operava em alta firme no fim da tarde, ao redor de 104,200 pontos.

Pela manhã, o Dollar Index recuou e tocou mínima aos 103,272 pontos com a divulgação do payroll. Houve criação de 187 mil vagas nos EUA em agosto, acima do esperado (175 mil). Mas salário médio cresceu aquém das expectativas e taxa de desprego subiu de 3,5% para 3,8% - pontos que sugerem pressões inflacionárias menores e, em consequência, fim da alta de juros nos EUA.

Dados mais fortes da indústria dos EUA em agosto e declarações da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, deram força novamente ao DXY. Segundo Mester, há dúvida se os juros dos EUA estão nos níveis restritivos necessários para conter a inflação.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.