BBAS3: Como as ações do Banco do Brasil vão reagir após o balanço do 2º trimestre
Investing.com – O dólar americano recuou nesta sexta-feira, devolvendo parte dos ganhos expressivos da véspera, em movimento que antecede a divulgação dos dados mensais de vendas no varejo e uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin.
Às 7h30 de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, operava em baixa de 0,4%, a 97,750, após a forte valorização registrada na sessão anterior.
Reavaliação das expectativas para o Fed
Trump e Putin se encontrarão no Alasca ainda hoje, com o objetivo de discutir alternativas para encerrar a guerra na Ucrânia, conflito que já se prolonga por mais de três anos, afetando de forma severa a cadeia de suprimentos global, pressionando preços de commodities e comprometendo o crescimento econômico mundial.
Segundo analistas do ING, “Trump descreveu o encontro como uma reunião de reconhecimento e indicou que poderão ocorrer conversas adicionais com aliados europeus e a Ucrânia após a cúpula”. Para eles, isso sinaliza que, mesmo que surja um esboço preliminar de cessar-fogo, os mercados tenderão a reagir com prudência.
O presidente norte-americano também estimou em 25% a chance de que nenhum acordo seja alcançado hoje, cenário considerado o mais favorável para o dólar, que, em contrapartida, pode enfrentar maior pressão caso o risco geopolítico diminua.
Apesar do potencial impacto político, a reunião no Alasca dificilmente terá o mesmo peso sobre o dólar que os dados macroeconômicos recentes. O ING ressaltou que, após o avanço do PPI ontem, houve um ajuste mais inclinado ao aperto monetário nas expectativas para o Fed, deixando o balanço de riscos para a moeda americana mais equilibrado.
As probabilidades de um corte de 25 pontos-base na taxa básica em setembro permanecem elevadas, enquanto as apostas em uma redução mais agressiva, de 50 pontos-base, praticamente desapareceram.
No curto prazo, investidores acompanham a divulgação das vendas no varejo de julho, que pode indicar se o consumo doméstico nos EUA começa a mostrar sinais de desaceleração.
Euro atento ao desfecho das negociações de paz
Na Europa, o EUR/USD avançava 0,3%, a 1,1682, recuperando parte das perdas de aproximadamente 0,5% registradas na véspera.
Para o ING, a reunião Trump–Putin e possíveis avanços rumo a um acordo para o fim da guerra na Ucrânia têm implicações de maior alcance para o euro do que para o dólar. Mesmo assim, a reavaliação das expectativas em relação aos cortes de juros pelo Fed dificulta espaço para uma alta mais pronunciada da moeda única. As próximas leituras de indicadores norte-americanos serão decisivas para definir se uma retomada rumo a 1,180 é plausível no curto prazo.
O GBP/USD subia 0,2%, a 1,3556, após ter recuado cerca de 0,3% na sessão anterior.
Iene se fortalece após dados positivos do PIB
No mercado asiático, o USD/JPY recuava 0,5%, a 147,11, após a divulgação de dados mostrando que a economia japonesa cresceu acima das estimativas no segundo trimestre, sustentada por exportações e investimentos corporativos resilientes, apesar das pressões oriundas das tarifas impostas pelos EUA.
O resultado reforçou os argumentos para que o Banco do Japão avalie a possibilidade de avançar em seu processo de aperto monetário.
O USD/CNY subia 0,1%, a 7,1833, enquanto o iuane recuava levemente após a China divulgar que a produção industrial de julho ficou abaixo das projeções, refletindo a desaceleração da demanda externa depois de antecipações ocorridas nos meses anteriores devido às tarifas norte-americanas.
As vendas no varejo da segunda maior economia do planeta também decepcionaram em julho, em um contexto de menor dinamismo do consumo doméstico.
O AUD/USD avançava 0,4%, a 0,6514, com o dólar australiano recuperando parte das perdas registradas na sessão anterior.