O dólar operou em queda ante moedas fortes nesta sessão, em dia de pouca liquidez na última semana de negociações em 2023. Ainda, investidores ajustavam suas apostas, na expectativa de que 2024 marque o início dos cortes dos juros do Federal Reserve (Fed) ainda no primeiro trimestre, segundo ferramenta do CME Group, que mostrava chance majoritária de redução da taxa em março (85%).
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, cedeu 0,23%, aos 101,466 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caía a 142,42 ienes, o euro subia a US$ 1,1045 e a libra tinha alt a US$ 1,2728.
O dólar foi prejudicado pelas perspectivas de cortes agressivos de juros em 2024 pelo Fed. O Goldman Sachs (NYSE:GS) espera que o BC americano realiza três reduções seguidas de 25 pontos-base, iniciando em março, seguido de um corte por trimestre até que a taxa chegue à faixa entre 3,25% e 2,50% no terceiro trimestre de 2025.
O City Index, entretanto, destaca que o ano foi "relativamente esquecível" para a cotação entre euro e dólar, apesar de alguma volatilidade ao longo do ano, devido à falta de tendências claras. A análise também destaca para a importância das expectativas sobre os cortes de juros dos BCs para uma definição das tendências da cotação.
Ainda no radar estava a fala do presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, de que a chance de o país atingir a meta de 2% da inflação está aumentando, apesar de alertar que é necessário verificar se as empresas conseguirão transferir aumento de salários para os custos.