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Investing.com – O dólar avança frente às principais moedas nesta terça-feira, sustentado pela retomada dos negócios após os feriados no Reino Unido e nos EUA, enquanto persistem preocupações sobre as políticas comerciais instáveis do governo Trump e sobre o projeto de corte de impostos e aumento de gastos que tramita no Congresso americano.
Às 7h15 de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,4%, alcançando 99,285, ainda próximo da mínima de um mês após as perdas expressivas da semana anterior.
O dólar tem enfrentado pressão nos últimos meses, reflexo da crescente desconfiança dos investidores em relação aos ativos americanos, diante das incertezas sobre a política tarifária global adotada pela administração Trump.
Na segunda-feira, o euro chegou à máxima em um mês, durante o feriado americano, após o presidente dos EUA ter recuado na proposta de impor tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia a partir de 1º de junho.
“O impasse renovado entre Trump e a UE evidencia que as ameaças tarifárias, ainda que adiadas, seguem no radar e podem ressurgir a qualquer momento. O desempenho do dólar tem sido diretamente impactado por esse ambiente”, apontaram analistas do ING em relatório.
Adicionalmente, o dólar segue pressionado pela tramitação do projeto de corte de impostos, que, segundo projeções, elevará substancialmente a dívida pública dos EUA — fator que contribuiu para o recente rebaixamento da classificação de crédito do país pela Moody’s.
O texto foi aprovado na Câmara dos Representantes e agora segue para o Senado, onde deve enfrentar discussões mais intensas.
“Por ora, a maior esperança do dólar reside em dados econômicos mais robustos, que possam atenuar o temor de recessão. Isso se faz necessário, já que as preocupações fiscais começam a corroer ainda mais a frágil base da moeda americana”, acrescentou o ING.
Os investidores acompanham hoje indicadores de bens duráveis, mercado imobiliário e confiança do consumidor, além dos discursos dos presidentes do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, e de Nova York, John Williams.
Na Europa, o euro (EUR/USD) recuava 0,3%, negociado a 1,1353, após ter testado os níveis mais elevados desde o fim de abril. Apesar da leve correção, a moeda única permanece sustentada pelos comentários da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
Lagarde afirmou que o euro tem potencial para se consolidar como alternativa ao dólar, desde que os países do bloco avancem na integração financeira e na segurança econômica.
“Se essa visão for mantida, é plausível que posições compradas no euro ganhem ainda mais tração”, destacou o ING.
Dados divulgados nesta terça mostraram leve melhora no sentimento do consumidor alemão para junho, segundo o instituto GfK. O índice avançou 0,9 ponto, para -19,9, registrando a terceira alta consecutiva, embora em ritmo mais moderado.
A libra esterlina (GBP/USD) cedia 0,2%, cotado a 1,3543, após dados indicarem que os preços nas lojas britânicas caíram 0,1% em maio na comparação anual, pressionados por recuos nos preços de itens não alimentícios. Por outro lado, os alimentos seguem pressionando, com avanço de 2,8% no mês, ante alta de 2,6% registrada em abril.
Na Ásia, o dólar contra o iene (USD/JPY) subia 0,7%, negociado a 143,91, recuperando parte das perdas acumuladas na semana passada. O movimento ocorre após o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, afirmar que a instituição está pronta para elevar ainda mais os juros, desde que a recuperação econômica do país continue.
O cenário é reforçado pelos dados que mostraram aceleração da inflação japonesa em abril para o maior patamar em mais de dois anos, impulsionada, também, por reajustes salariais mais robustos.
Ainda assim, o mercado permanece cauteloso, especialmente diante da incerteza relacionada às negociações comerciais com os Estados Unidos. Relatórios da mídia apontam que ministros japoneses viajarão a Washington no início de junho para uma nova rodada de discussões.
O dólar avançava 0,1% contra o iuane (USD/CNY), para 7,1924, em meio a negociações moderadas, com investidores atentos ao cenário externo e às incertezas sobre os desdobramentos da política comercial norte-americana.