Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK (Reuters) - O euro caiu para a menor cotação em dois anos, enquanto o dólar avançava nesta sexta-feira após a divulgação de indicadores de atividade empresarial em ambas as regiões, enquanto o bitcoin atingiu novamente um recorde, estendendo sua alta em direção à marca de 100.000 de dólares.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar da zona do euro da HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para o menor nível em dez meses, de 48,1 em novembro, abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
No caso dos Estados Unidos, a S&P Global disse nesta sexta-feira que seu Índice de Gerentes de Compras Composto, que acompanha os setores de manufatura e serviços, aumentou para 55,3 neste mês. Esse foi o nível mais alto desde abril de 2022 e seguiu-se a uma leitura de 54,1 em outubro, com o setor de serviços respondendo pela maior parte do aumento.
"Isso destaca o mundo de duas vias. São os EUA contra o resto, mas mesmo dentro dos EUA são os serviços contra a manufatura", disse Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management.
"Por quanto tempo os serviços dos EUA podem compensar a pressão de todo o resto?"
O índice do dólar, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, subia 0.41% para 107,50, com o euro em queda de 0.54% para 1,0416, após cair para 1,0333, sua menor cotação desde 30 de novembro de 2022. O dólar caminhava para sua terceira alta semanal consecutiva.
Bitcoin continuava sua recente alta em direção à marca de 100.000 dólares, com a criptomoeda subindo mais de 40% desde a eleição dos EUA devido à expectativa de que o presidente eleito Donald Trump afrouxará o ambiente regulatório para criptomoedas. O Bitcoin subia 1,44%, para 98.496, depois de atingir o recorde de 99.697,17.
Recentemente, investidores reduziram as expectativas para a trajetória de cortes na taxa de juros do Federal Reserve, atualmente precificando uma chance de 52,7% de um corte de 25 pontos-base na reunião de dezembro do Fed, abaixo dos 69,5% de um mês atrás, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
O movimento ocorre à medida que investidores avaliam o impacto das políticas legislativas do governo Trump, como as ligadas às tarifas, na economia.